Jair Bolsonaro também atacou o TSE e insiste em questionar a lisura das eleições. Ele ainda mentiu e disse que o ministro Fachin, do STF, “foi militante do MST”
Em transmissão ao vivo, que excepcionalmente ocorreu nesta sexta-feira, 27, Jair Bolsonaro (PL) atacou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo é que o ministro da Corte, no ano passado, anulou as condenações da Lava Jato contra o ex-presidente Lula (PT).
Bolsonaro está desesperado, pois Lula tem chances de ganhar as eleições presidenciais no primeiro turno, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 26.
“Ele [Fachin] botou o Lula para fora. Agora, botou para fora só para vê-lo livre? Ele [Lula], segundo o Supremo, é elegível, disputa as eleições. A gente entende do lado de cá que ninguém vai botar o cara para fora com condenações grandes em três instâncias simplesmente para ficar passeando por aí. Colocou para fora, no meu modesto entendimento, para ser presidente da República”, disse Bolsonaro, em referência à esposa de Lula, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.
“Colocou para fora, no meu modesto entendimento, é para ser presidente da República. E deixo claro: quem é atualmente o presidente do Tribunal Superior Eleitoral? É o senhor Edson Fachin. A conclusão fica para vocês, para vocês entenderem qual é o terreno que estamos pisando, qual é o interesse em regulamentar as mídias tradicionais, bem como as mídias sociais”, acrescentou.
Bolsonaro disse que Fachin “foi militante de esquerda, advogado do MST”. Fachin, no entanto, já desmentiu esse fato. Quando da sua aprovação no Senado em 2015, sua assessoria afirmou que o ministro nunca trabalhou para o MST. Simplesmente, em 2008, ele assinou um manifesto de apoio ao movimento, diante de uma ofensiva do Ministério Público do Rio Grande do Sul com os sem-terras.