Botafogo é campeão da Libertadores e garante presença em duas competições globais

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Em uma final dramática, o Glorioso vence o Atlético-MG por 3 a 1 e conquista a sua primeira taça da Copa Libertadores, encerrando um jejum de títulos internacionais e se credenciando para competições globais

O Botafogo entrou para a história do futebol sul-americano neste sábado (30), ao conquistar a sua primeira Copa Libertadores, derrotando o Atlético-MG por 3 a 1 na grande final, disputada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, Argentina. A vitória, emocionante e histórica, foi ainda mais impressionante pelo fato de o time carioca ter jogado com um a menos por quase toda a partida, após a expulsão do volante Gregore com menos de um minuto de jogo.

Com essa conquista, o Botafogo encerra um longo jejum de títulos internacionais, conquistando sua primeira Libertadores em 120 anos de história. O último grande troféu do clube havia sido o Campeonato Brasileiro de 1995, comandado por Túlio Maravilha, mas a equipe enfrentou uma série de reveses nas décadas seguintes, incluindo três rebaixamentos à Série B. Agora, o Glorioso pode finalmente se orgulhar de um título continental inédito.

O desafio inicial: um homem a menos

Logo aos 33 segundos de jogo, Gregore foi expulso após um lance de falta no meio-campo, atingindo a cabeça do argentino Fausto Vera, do Atlético-MG. O árbitro Facundo Tello não hesitou e aplicou o cartão vermelho direto. Em um cenário de pressão, com o time carioca já em desvantagem numérica, a expectativa era de que o Atlético-MG, que se mostrava o favorito na partida, dominasse a posse de bola e pressionasse o Botafogo.

No entanto, o que se seguiu foi um grande exemplo de resiliência. Com apenas 22% de posse de bola e uma formação defensiva com poucos passes, o Botafogo conseguiu ser letal nas poucas vezes em que avançou ao ataque. Aos 34 minutos, numa jogada envolvente entre Thiago Almada e Luiz Henrique, o atacante escapou pela esquerda e rolou para Marlon Freitas, cujo chute explodiu no zagueiro Júnior Alonso e sobrou para Luiz Henrique, que não desperdiçou, colocando o Botafogo na frente.

A reação do Galo e a vantagem do Glorioso

O Atlético-MG, com um elenco mais qualificado e numericamente superior, partiu para o ataque. Aos 41 minutos, uma falha na marcação entre o goleiro Everson e o lateral Guilherme Arana resultou em um pênalti cometido sobre Luiz Henrique, que foi convertido por Alex Telles, ampliando a vantagem dos cariocas para 2 a 0.

Para a etapa final, o técnico Gabriel Milito fez mudanças ofensivas, colocando Mariano, Bernard e Eduardo Vargas nas vagas de Lyanco, Gustavo Scarpa e Fausto Vera. As substituições surtiram efeito rápido: aos 4 minutos, Vargas fez o gol de cabeça após cobrança de escanteio de Hulk, diminuindo para 2 a 1. A pressão atleticana aumentou, e aos 8 minutos, o Galo pediu pênalti em Deyverson, mas o árbitro nada marcou.

A torcida atleticana, que já celebrava o grito de “Eu acredito!” da campanha de 2013, empurrou o time mineiro em busca da virada. Porém, o Botafogo, apesar das dificuldades e da pressão constante, conseguiu se segurar com uma defesa sólida.

O gol do título e a confirmação da glória

A pressão do Atlético-MG continuou intensa até os minutos finais, mas o Botafogo soube aproveitar as brechas. Aos 52 minutos, em uma jogada rápida pela direita de Júnior Santos, o atacante cruzou rasteiro para Matheus Martins, que finalizou para o gol, mas a bola bateu em Alan Franco, que fez o corte, e acabou entrando no gol, anotando o 3 a 1, o gol do título.

Esse gol histórico, que também marcou a artilharia de Júnior Santos na competição com 10 gols, consolidou o título inédito para o Botafogo e selou uma campanha memorável, repleta de superações e emoção.

O futuro do Botafogo: caminho para o Mundial

Com a vitória, o Botafogo garante uma vaga em duas competições globais da FIFA. A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui o antigo Mundial de Clubes. O Glorioso enfrentará o Pachuca, do México, no dia 11 de dezembro, em Doha, no Catar. Se vencer, o time enfrentará o Al-Ahly, do Egito, na semifinal, e, caso chegue à final, disputará a taça contra o Real Madrid, da Espanha.

Além disso, o Botafogo também está garantido no novo Mundial da FIFA, que será disputado entre 15 de junho e 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos, com 32 clubes de todo o mundo. Entre os representantes sul-americanos, estarão os campeões das últimas edições da Libertadores: além do Botafogo, Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023), além dos argentinos Boca Juniors e River Plate.

O Atlético-MG e o futuro incerto

O Atlético-MG, por sua vez, viu sua temporada de 2024 chegar a mais uma decepção, após perder a Copa do Brasil para o Flamengo e agora a Libertadores para o Botafogo. Com 11 partidas sem vitória, sendo sete delas no Brasileirão, o time de Milito caiu para a décima posição na tabela, com 44 pontos, a três do Bahia, oitavo colocado, que agora, com o título do Botafogo, herda uma vaga na fase preliminar da próxima Libertadores.

A temporada do Galo ainda não acabou, mas a luta por uma vaga direta na fase de grupos da competição continental em 2025 ficou mais difícil. Resta aos mineiros se reorganizarem para buscar a reabilitação e uma nova chance de título no próximo ano.

Se o Botafogo conseguiu a Libertadores com 33 segundos de desvantagem, imagine o que mais eles podem fazer? Glorioso na história do futebol sul-americano!

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