Afirmação foi feita hoje pelo presidente Vladimir Putin em Vladivostok
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (5) que o Brasil, a China e a Índia poderiam atuar como mediadores em possíveis negociações de paz sobre a Ucrânia.Putin afirmou que um acordo preliminar alcançado entre negociadores russos e ucranianos nas primeiras semanas da guerra em Istambul, na Turquia, que nunca foi implementado, poderia servir como base para as conversações. O presidente participa de fórum econômico em Vladivostok, no extremo oriente russo.
Putin apoia Kamala Harris
Moscou apoiará a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, nas próximas eleições presidenciais em novembro, disse o presidente russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, ao discursar no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok.
Putin disse ao público que admirava a “risada contagiante” da candidata do Partido Democrata e que respeitava a escolha do atual presidente Joe Biden de apoiá-la como sua sucessora.
Durante uma sessão plenária do fórum, Putin foi questionado se ele tinha um candidato favorito na eleição agora que Joe Biden, que ele apoiava anteriormente, desistiu. Ele também foi questionado se ligaria ou não para parabenizar o eventual vencedor em novembro.
Putin respondeu dizendo que já fazia muito tempo que não tinha contato direto com líderes da Europa Ocidental ou dos EUA, e observou que não cabia à Rússia escolher um “favorito” na eleição presidencial dos EUA, o que é uma tarefa dos eleitores americanos.
No entanto, ele lembrou que havia expressado apoio ao presidente dos EUA, Joe Biden, que desde então havia sido “removido” da corrida. No entanto, o presidente russo observou que Biden havia dito a seus apoiadores para apoiar Kamala Harris na corrida, e então Moscou faria o mesmo e torceria pela vice-presidente em novembro, disse Putin.
Putin acrescentou que Harris “ri tão contagiosamente” que isso sugere que “tudo está indo bem para ela”.
Ele também sugeriu que a disposição positiva de Harris poderia significar que ela se absteria de impor tantas sanções à Rússia quanto o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que Putin disse ter introduzido mais restrições a Moscou do que qualquer outro presidente na história americana, na época.
“No final, a escolha cabe ao povo americano e trataremos sua decisão final com respeito”, disse ele.