O crescimento na busca pela fonte solar levou o país a chegar a 10 gigawatts de capacidade instalada
O potencial de produção de energia solar no Brasil é imenso. E isso está sendo cada vez mais aproveitado pelos brasileiros, que nos últimos anos passaram a sentir ainda mais no bolso o preço das altas contas de eletricidade. Nos últimos três anos, a energia solar aumentou 2.000% nas casas pelo país.
O dado foi apresentado por Paulo César Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME). Ele destacou, em entrevista que será veiculada no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, que o país conta com uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo, sendo 48% de fontes renováveis, contra 14% da média mundial.
O número aumenta quando o foco é a eletricidade em si, já que 85% da matriz de eletricidade brasileira é renovável. No mundo todo, esse percentual chega a apenas um quinto do total, 20%. Os mesmos 85% são de energia proveniente das usinas hidrelétricas, das quais o Brasil é extremamente dependente.
Mas, o crescimento na busca pela fonte solar levou o país a chegar a 10 gigawatts de capacidade instalada. “Isso equivale a 70% da capacidade instalada de Itaipu”, explicou o secretário, se referindo à usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, segunda maior do mundo. A primeira é a Barragem das Três Gargantas, na China.
Em um número expressivo, mas não tão grande quanto os painéis nos telhados das casas brasileiras, as usinas solares, a energia solar centralizada, cresceram 200%, nos últimos três anos. A outra fonte limpa que cresce no Brasil é a eólica. São mais de 700 usinas instaladas em todo o país, responsáveis por 11% da matriz energética do Brasil.