Brasil: Mercosul se expande com Bolívia e Venezuela

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O governo brasileiro busca fortalecer a integração sul-americana a partir do gás boliviano e do petróleo venezuelano

O Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva trabalha fazer com que o Mercosul volte a se inserir no cenário internacional com maior coesão regional e cooperação com outros mecanismos.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou nesta quarta-feira a necessidade da incorporação da Bolívia e da reentrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul).

A declaração ocorreu durante visita do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à Espanha, à frente de uma delegação de alto nível, da qual Vieira é protagonista.

Detalhando que o mecanismo regional está finalizando a entrada da Bolívia, ele indicou que a volta da Venezuela está prevista para no máximo os próximos doze meses, depois de ter sido suspensa em 2017.

O Governo brasileiro acredita que o mecanismo de integração sul-americano pode ganhar força, graças ao gás boliviano e ao petróleo venezuelano.

Mercosul e UE buscam ampliar cooperação

As declarações de Vieira acontecem após um encontro com o ministro espanhol das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, no qual foi discutida a aproximação do Mercosul com o bloco regional nos próximos meses.

O acordo de cooperação entre os dois mecanismos é resultado de mais de 20 anos de negociações, que ficou pronto em 2019, mas ainda não foi aprovado pelas partes envolvidas.

O acordo contraria os interesses da França, que não consegue competir com os produtos do agronegócio brasileiro. Por outro lado, a Europa busca um mercado consumidor de 260 milhões de pessoas na América do Sul, e, ao mesmo tempo, tenta afastar o sul global da China e  da Rússia.

“Chegou o momento em que todos temos de tomar uma decisão de vontade política para que o acordo entre em vigor”, disse o chanceler brasileiro aos meios de comunicação presentes.

No entanto, Vieira reconheceu que mesmo que o acordo seja concluído este ano, a sua entrada em vigor não será imediata, porque terá de ser aprovado pelos parlamentos dos diferentes países.

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