Brasileiros protestam com panelaço após mais 2.500 mortes por COVID-19

Leia mais

Quase 100.000 brasileiros contraíram o coronavírus e 2.507 morreram na quarta-feira, enquanto o presidente Jair Bolsonaro tripudia da pandemia

Protestos violentos surgiram em várias cidades do Brasil pelo fato do presidente Jair Bolsonaro afirmar que a pandemia no país é desprezível. Os manifestantes tomaram as ruas contra a postura de Bolsonaro com a pandemia do coronavírus, que até agora matou quase meio milhão de brasileiros.

Os últimos dias estão difíceis para o líder de extrema-direita, cuja popularidade já vem diminuindo em meio a mortes e casos diários persistentemente elevados de COVID-19.

Só na quarta-feira, quase 100 mil brasileiros contraíram o coronavírus e 2.507 morreram, segundo dados do governo.

No início do dia, o  STF autorizou uma investigação criminal contra o ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro por supostamente interferir em uma investigação policial sobre a extração ilegal de madeira.

No discurso transmitido pela televisão na quarta-feira, Bolsonaro resumiu brevemente algumas das conquistas recentes de seu governo e prometeu um forte crescimento econômico no futuro, mas não apresentou nenhuma informação nova.

No sábado, milhares participaram de protestos em pelo menos 16 cidades do país, que foram organizados por partidos políticos de esquerda, sindicatos e associações estudantis.

Falta de vacina

Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, milhares de pessoas usando máscaras bloquearam uma das maiores avenidas da cidade, enquanto um grande balão representava Bolsonaro como um vampiro.

Alguns protestos, como o do Rio de Janeiro, incluíram imagens do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que emergiu como o principal adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022 do país, vestindo a faixa presidencial.

Vídeos que circularam nas redes sociais na noite de quarta-feira mostraram chamadas em todo o país com uma trilha sonora de batidas altas e gritos de condenação ao Bolsonaro.

No breve discurso noturno, Bolsonaro , que já ridicularizou máscaras e vacinas no passado, disse que todos os brasileiros que desejassem uma vacina poderiam obtê-la até o final do ano.

Mas à noite, o Ministério da Saúde do país revisou para baixo o número de vacinas COVID-19 que receberá em junho em cerca de quatro milhões de doses.

Na terça-feira, o governo de Bolsonaro respirou depois que foi anunciado que a economia do país cresceu 1,2 por cento em relação ao quarto trimestre, um pouco acima das expectativas.

Mais de 16,6 milhões de brasileiros foram diagnosticados com o vírus, com pelo menos 465 mil mortes oficialmente contadas.

Quase 46 milhões de pessoas, representando quase 22% da população, receberam pelo menos uma dose da vacina COVID-19, enquanto 22,3 milhões, ou 10,6 por cento da população, foram totalmente vacinados, de acordo com Our World in Data, que é compilado pela Universidade de Oxford.

 

VOZ DO PARÁ – Essencial todo dia!

- Publicidade -spot_img

More articles

- Publicidade -spot_img

Últimas notíciais