Os exames de diagnóstico variam de acordo com a localização do tumor
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), os cânceres de cabeça e pescoço acometem 40 mil pessoas no Brasil por ano. O diagnóstico em estágio inicial aumenta as chances de sucesso do tratamento.
MPF processa 13 cidades do Pará por não usarem sistema que dá transparência em compras da saúde
Câncer de cabeça e pescoço é uma nomenclatura genérica para tumores que se originam na boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e seios paranasais. A prevenção, por meio de alguns hábitos, é incentivada pelos médicos para evitar esse tipo câncer.
“Sem dúvida, o tabagismo e o consumo de álcool ainda são considerados fatores de risco clássicos para o câncer de cabeça e pescoço”, afirma Humberto Carneiro, médico patologista especialista em câncer de cabeça e pescoço e integrante da Sociedade Brasileira de Patologia.
Sinais e diagnóstico
O indivíduo pode notar alguns sinais que levam ao diagnóstico de cânceres de cabeça e pescoço. Entre eles estão:
- Lesões ou úlceras na boca que não cicatrizam;
- Dor de garganta progressiva;
- Diminuição da mobilidade da língua;
- Rouquidão progressiva;
- Dificuldade para engolir;
- Dor de cabeça progressiva;
- Sangramento nasal progressivo e recorrente;
- Nódulos no pescoço endurecidos e palpáveis.
Os exames de diagnóstico variam de acordo com a localização do tumor. Mas, em todos os casos, uma biópsia é importante para confirmar se ele é benigno ou maligno. A partir do resultado, é iniciado o tratamento.
O médico cirurgião Rafael Nunes Goulart, integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, destaca a importância do diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo é o diagnóstico, menor é a lesão e a agressividade do tratamento. O ideal também é combater os fatores de risco”, acrescenta.
Comer alimentos ultraprocessados causa ansiedade, Alzheimer e distúrbios mentais, diz nova pesquisa
Fatores de risco
Por serem vários tipos de tumor, a prevenção passa por diversos comportamentos, mas os fatores de risco podem ser resumidos nos seguintes hábitos:
- Consumo de tabaco (cigarro, charuto etc.) e álcool;
Má higiene bucal; - Infecção viral pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral);
- Consumo de bebidas quentes, principalmente as tradicionalmente servidas em temperaturas muito altas, como café e chimarrão, por exemplo;
- Exposição excessiva ao sol sem proteção;
- Exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno e produtos radioativos;
- Infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), que pode causar a mononucleose infecciosa, uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas.
Tratamento
O tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço é feito por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Além disso, uma combinação dessas técnicas também pode ser utilizada. Isso varia de acordo com o caso de cada paciente.
Via Portal Metrópoles