O pedido de impeachment promovido por parlamentares de direita, busca afastar o presidente de esquerda
O presidente do Peru apresentou sua defesa perante o Congresso, O Presidente negou as acusações da oposição que pediu seu impeachment. O líder peruano acredita que esta será mais uma página virada em seu governo.
“Os 20 pontos apresentados na moção afirmam que haveria uma infinidade de situações que tornam o mandato ilegítimo. Hoje mostraremos que não é assim”, disse Pedro Castillo na segunda-feira em seu discurso perante o Parlamento, onde o debate sobre uma moção de impeachment contra ele foi iniciado.
Depois de apontar as falsas acusações contra ele, em virtude das quais a oposição pediu ao Congresso que o destituis-se por “incapacidade moral”, Castillo pediu aos legisladores que “votem pela democracia e contra a instabilidade” no país.
O presidente lembrou que tem apenas oito meses de mandato, disse que decidiu comparecer nesta sessão para mostrar o máximo respeito pelo Estado constitucional e seus instrumentos de controle.
Pouco depois de Castillo terminar seu discurso, um parlamentar da oposição mostrou um cartaz a favor do impeachment, o que fez com que os parlamentares de situação protestassem. Isso fez com que a presidente do Congresso, María del Carmen Alva, suspendesse temporariamente a sessão.
Castillo tenta virar a página do impeachment
Horas antes do início da sessão, Castillo fez um discurso no qual expressou sua esperança de que a “página” da tentativa de destituição do cargo será fechada, acrescentando que o Executivo e o Congresso poderão”continuar trabalhando juntos”.
Ao insistir que seu governo foi eleito democraticamente para atender às grandes demandas do país, o presidente afirmou que “a vontade popular se expressa nas urnas”.
O processo de impeachment contra Castillo
Em 15 de março, com a aprovação de 76 parlamentares e outros 41 contra, a segunda moção de vacância contra Castillo foi admitida para debate.
O pedido de impeachment promovido por parlamentares de direita, busca afastar o presidente de esquerda no poder por acusações de corrupção e nomeação de funcionários que não atendem aos requisitos para o cargo.
Por enquanto, a destituição parece improvável, já que a oposição mais forte tem apenas cerca de 65 votos garantidos, mas para a destituição do presidente serão necessários um total de 87 votos a favor, dos 130 membros que compõem o corpo legislativo.