A demanda pela moeda norte-americana continuará caindo e o mundo já começa a ver com desconfiança a dívida dos Estados Unidos
Por que a queda dos Estados Unidos não será apenas financeira, mas também política? E quando a China começará a usar sua nova moeda, o ‘petroyuan’?
Para responder a essas perguntas, o economista Alexei Gromov analisou o artigo de Tyler Durden intitulado ‘China’s Rise, America’s Fall’ para a agência FAN e chegou às seguintes conclusões.
Elimine os inimigos
Os Estados Unidos costumavam aplicar medidas severas contra países que se opunham à hegemonia do dólar, destaca Durden, citando os casos do Iraque e da Líbia, onde os líderes cogitaram a possibilidade de vender seu petróleo em euros e enfrentaram violenta oposição americana. Nem o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein nem o ex-ditador líbio Muammar Gaddafi foram capazes de sobreviver a essa pressão.
“No entanto, a Líbia e o Iraque eram atores insignificantes demais para realmente contrariar a hegemonia do dólar. A China é um país muito mais forte”, diz Tyler.
Os ‘petroyuans’ em ação
Quem vai usar essa nova moeda? Nos últimos anos, China e Rússia assinaram vários acordos bilaterais. Moscou e Pequim concordaram em ignorar o dólar o máximo possível e negociar diretamente com suas respectivas moedas nacionais.
Além disso, a China também concordou em negociar yuans com o Japão, sem mencionar um acordo semelhante com o Irã, que agora vende seu petróleo em yuans ou euros.
A mesma situação ocorreu com o Catar, o primeiro a vender gás e petróleo no Oriente Médio em yuan. Logo Washington classificou o Catar como patrocinador do terrorismo e seus aliados no Golfo Pérsico foram rápidos em bloquear Doha comercialmente.
Todos esses fatos são elos de uma mesma corrente, diz Gromov.
Adeus ao dólar?
Segundo Durden, se a venda de petróleo em dólares for reduzida, a demanda pela moeda norte-americana continuará diminuindo e o mundo começará a ver a dívida norte-americana de forma diferente. Ao mesmo tempo, a China reduzirá sua dívida e aproveitará o momento, afirma.