A inclusão do porto russo no sistema comercial da China também reflete o aprofundamento dos laços econômicos entre os dois países
A China adicionou o porto de Vladivostok, no Extremo Oriente da Rússia, como um centro de trânsito para remessas comerciais domésticas, anunciou a agência alfandegária do país na segunda-feira.
A mudança visa facilitar as transferências transfronteiriças de mercadorias locais através do maior porto da Rússia no Oceano Pacífico. Ele entrará em vigor em junho e fornecerá às províncias de Jilin e Heilongjiang, no nordeste da China, acesso ao porto marítimo.
A nova rota ajudará a economizar tempo e custos de remessa para entregar mercadorias às províncias do sul da China, além de promover o comércio interno e revitalizar a base industrial envelhecida do nordeste da China, de acordo com Liang Haiming, reitor do Instituto de Pesquisa do Cinturão e Rota da Universidade de Hainan.
“A abertura do porto de trânsito também atrairá mais investimentos e negócios para o nordeste da China no futuro, o que contribuirá para a decolagem da economia regional”, disse Liang.
A inclusão do porto russo no sistema comercial da China também reflete o aprofundamento dos laços econômicos entre os dois países, que mostraram crescimento contínuo nos últimos anos, dizem analistas.
O comércio entre a China e a Rússia atingiu um recorde em 2022, subindo quase um terço após as sanções ocidentais relacionadas à Ucrânia contra Moscou. Ele continuou a crescer no primeiro trimestre de 2023, com exportações e importações subindo a um ritmo de dois dígitos, de acordo com dados da Administração Geral da China. Os números mostraram que o comércio bilateral aumentou mais de 43%, para US$ 73 bilhões, entre janeiro e abril, em comparação com o mesmo período de 2022.
