China revela avanços militares no Zai Airshow 2024 com caças stealth e drones futuristas

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Evento destaca tecnologias aéreas avançadas, consolidando a posição do país como potência militar global.


O Zai Airshow 2024, realizado na cidade de Zai, sul da China, foi palco de inovações tecnológicas impressionantes no setor militar. O evento reforçou a ambição da China em consolidar sua posição como potência global, apresentando aeronaves avançadas, sistemas de defesa de última geração e drones de alta tecnologia. Entre os destaques estão o novo caça furtivo J-35A, o sistema de defesa HQ-1 e drones como o CH-7, projetados para redefinir as operações militares no futuro.


J-35A: a nova geração de caças furtivos

O principal destaque da feira foi o caça J-35A, produzido pela Shenyang, uma resposta direta ao F-35 americano. Com design furtivo e motores duplos, o J-35A promete manobras de alta intensidade e capacidades de penetração em território inimigo sem ser detectado.

J-35
J-35 — Foto: Xinhua/Liu Dawei

Além de sua funcionalidade como caça de superioridade aérea, o J-35A opera integrado a outros equipamentos, formando redes de ataque interconectadas. A versatilidade do modelo permite que ele cumpra uma ampla gama de missões, incluindo interceptação de bombardeiros e ataques de precisão ao solo. Contudo, o caça ainda está em fase inicial de testes, com apenas três unidades produzidas até o momento.

J-15B e os avanços na aviação naval

Outro destaque foi o J-15B, projetado para operações em porta-aviões. Equipado com motores desenvolvidos internamente, o caça é um marco na estratégia de projeção naval da China. A tecnologia de catapulta utilizada no porta-aviões Fujian, ainda em testes, permitirá maior eficiência no transporte de armas e combustível, tornando o J-15B uma peça fundamental para futuras missões em regiões distantes.

Estação de orientação e lançadores móveis de SAM HQ-12

HQ-1: a resposta chinesa às ameaças aéreas

O sistema de defesa HQ-1 foi apresentado como uma resposta direta ao THAAD dos Estados Unidos. Com alcance de até 500 km, o sistema é capaz de interceptar mísseis balísticos e de cruzeiro em alta altitude, utilizando radares avançados para antecipar ameaças.

Montado em plataformas móveis, o HQ-1 oferece flexibilidade estratégica, sendo ideal para proteger ativos estratégicos em um cenário global cada vez mais instável.


Drones: o futuro da guerra eletrônica e logística

O Zai Airshow também revelou dois drones de destaque: o W-5000 e o CH-7. Enquanto o W-5000 é o maior drone de carga já produzido na China, com capacidade para transportar até 4 toneladas, o CH-7 representa o ápice da tecnologia stealth aplicada a drones.

O aparente protótipo CH-7 na pista. via Internet chinesa

Projetado para missões de guerra eletrônica, o CH-7 opera como um “hub estratégico”, fornecendo dados em tempo real para bombardeiros e caças, além de realizar missões de vigilância e interferência em sistemas inimigos.


A estratégia global da China

Os avanços apresentados no Zai Airshow refletem a visão estratégica da China de se consolidar como potência militar global. Em um contexto de tensões no Indo-Pacífico e rivalidade com os Estados Unidos, o desenvolvimento de tecnologias como o J-35A e o CH-7 permite que a China expanda sua influência além de suas fronteiras.

O evento deixa claro que a China não busca apenas proteger seu território, mas moldar o futuro das operações militares globais, desafiando a hegemonia dos Estados Unidos no setor.


 

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