China ultrapassa os Estados Unidos no comércio com a América Latina

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Essa lacuna no comércio entre os EUA e a região começou com o ex-presidente Donald Trump (2017-2021)

A China ultrapassou  os Estados Unidos no comércio com a  América Latina durante a presidência do atual presidente dos EUA, Joe Biden.

Uma análise exclusiva da agência de notícias britânica Reuters, com base em dados comerciais da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2015 e 2021, revela como os Estados Unidos estão sendo empurrados para trás na América Latina.

De acordo com o relatório, com exceção do México, que é o principal parceiro comercial de Washington, a China superou seu rival ocidental na América Latina e ampliou a diferença mais do que nunca, especialmente desde que Biden assumiu o cargo no início do ano passado.

O relatório que cita alguns políticos latino-americanos sublinhou que a Casa Branca tem demorado a tomar medidas concretas para preencher a lacuna crescente e que Pequim, um grande comprador de grãos e metais, simplesmente ofereceu mais aos países da região em termos de comércio e investimento.

Nesse sentido, Juan Carlos Capunay, ex-embaixador do Peru na China, afirmou, como detalha o artigo, que “os laços comerciais, econômicos e tecnológicos mais importantes para a América Latina são definitivamente com a China, que é o principal parceiro comercial do região, bem acima dos EUA.

Os últimos dados disponíveis mostram que os fluxos comerciais totais, tanto de importações quanto de exportações, entre a América Latina e a China atingiram quase 247 bilhões de dólares em 2021, bem acima dos 174 bilhões de dólares com os EUA.

Essa lacuna no comércio entre os EUA e a região começou a aparecer pela primeira vez sob o ex-presidente dos EUA, Donald Trump (2017-2021), e cresceu desde que Biden chegou ao poder em janeiro de 2021.

Até agora, Biden não conseguiu preencher a lacuna ou reduzi-la, apesar de sua promessa de restaurar o papel de Washington como líder mundial e reorientar a atenção para a América Latina após anos do que ele descreveu como “negligência”.

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