Cidade vietnamita quer proibir venda de carne de cachorro e gato

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Autoridades de Hoi An assinaram um acordo com o grupo de defesa dos direitos dos animais ‘Four Paws International’ para proibir a venda e o consumo

Uma cidade turística do Vietnã se comprometeu a proibir a venda de carne de cachorro e gato, anunciaram as autoridades na sexta-feira (10), o primeiro caso em um país onde alguns consideram estes animais um manjar.

No Vietnã – segundo maior consumidor de cachorros do mundo, atrás apenas da China – são consumidos a cada ano cinco milhões destes animais, cuja carne, segundo alguns, afasta o azar.

As autoridades de Hoi An, um histórico porto comercial e patrimônio mundial da Unesco, assinaram um acordo com o grupo de defesa dos direitos dos animais ‘Four Paws International’ para proibir a venda e o consumo de carne de cachorro e gato.

“Queremos ajudar a promover o bem-estar animal com a erradicação da raiva, acabando com o comércio de carne de cachorro e gato e transformando a cidade em um destino importante para o turismo”, afirmou o vice-prefeito Nguyen The Hung.

Julie Sanders, da Four Paws International, afirmou que este é um momento crucial que estabelecerá um exemplo para outras cidades do Vietnã.

Uma pesquisa nacional encomendada por este grupo de defesa dos direitos dos animais mostrou que apenas 6,3% dos 600 vietnamitas entrevistados consumiam a carne destes animais e que 88% apoiavam a proibição.

Esta tradição está em declínio devido ao aumento da renda, que favorece a adoção de cães e gatos como animais de estimação, mas a carne de cachorro ainda é encontrada com facilidade em Hanói.

“Não acredito que ninguém deveria proibir o consumo de carne de cachorro. É nossa cultura”, disse à AFP Phan Van Cuong, morador de Hanói.

Em 2018, as autoridades da cidade estimularam os moradores a parar de consumir esta carne porque prejudicava a reputação da localidade e capital e havia temores de que poderia causar infecções de raiva.

Voz do Pará com informações da AFP

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