Cientistas no Brasil detectaram o maior surto do superfungo Candida auris

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O patógeno é recente no Brasil

Candida auris é um fungo que foi identificado pela primeira vez em 2009, na cidade de Osaka, no Japão. Ele tem se mostrado como uma espécie de fungos multirresistentes, ou seja, que apresenta resistência a múltiplos tipos de antifúngicos. Isso faz com que seja difícil de tratar e pode levar a infecções graves e potencialmente fatais. Ele é considerado uma ameaça global para a saúde pública, devido à sua capacidade de se espalhar facilmente e resistir aos tratamentos.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou o que seria o maior surto de candida auris no Brasil. Os 48 casos da doença foram relatados entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022 na capital de Pernambuco, Recife.

Candida auris é recente no Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil não havia relato de nenhum caso de infecção por candida auris até janeiro de 2020. O fungo é considerado emergente na escala de ameaça à saúde global e foi identificado pela primeira vez como causador de doenças em humanos em 2009, no Japão.

A Candida auris é comum em ambientes hospitalares e pode ser encontrada na pele e nas mucosas de pacientes, especialmente aqueles que estão hospitalizados por longos períodos ou que têm sistemas imunológicos comprometidos. Ele pode causar infecções de ouvido, feridas na pele e, mais gravemente, infecções do sangue e do trato respiratório. A transmissão pode ocorrer através do contato com superfícies ou pessoas contaminadas, e algumas evidências apontam que pode ser transmitida por animais.

Prevenção

A prevenção e o controle de infecções com Candida auris incluem medidas de controle de infecções, como boa higiene das mãos, limpeza adequada de superfícies e equipamentos, e isolamento de pacientes infectados. O uso irracional de antifúngicos também deve ser evitado, para evitar o desenvolvimento de resistência a estes medicamentos. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais e sintomas de infecção e que os casos suspeitos sejam reportados de forma adequada para que possam ser tomadas medidas de controle adequadas.

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