Com saída de Caboclo, jogadores da Seleção vão disputar a Copa América

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Apesar do recuo, os atletas, com apoio do técnico Tite, devem divulgar um manifesto contrário à realização do torneio no País em pleno recrudescimento da pandemia

A seleção brasileira disputará a Copa América-2021, segundo informou a imprensa nesta segunda-feira (7), pondo fim aos rumores sobre um suposto boicote ao torneio que começará neste domingo em um Brasil duramente atingido pela pandemia de Covid-19.

Os atletas vão divulgar um manifesto, que deverá ser uma nota simples e curta. O tom é de desaprovação com a maneira como a Copa América foi transferida para o Brasil depois da desistência de Colômbia e Argentina. E também vão criticar a desorganização da Conmebol. No documento, eles querem deixar claro que o posicionamento não era político e que valeria para qualquer país onde o torneio fosse realizado.


O momento de divulgação do documento ainda não foi definido pelos atletas. Pode ser ainda nesta segunda-feira (7), mas é mais provável que seja realmente após a partida diante do Paraguai, nesta terça-feira (8), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Os jogadores estão tentando divulgar o manifesto juntamente com jogadores de outras seleções para acentuar que não se trata de ação com caráter político.

Existe ainda a possibilidade de o elenco fazer alguma manifestação em relação à pandemia no Brasil, usando suas imagens em prol do combate à doença. O Brasil está perto de registrar 500 mil mortos pela Covid-19. Entrar em campo com faixas de alerta não está descartado.

O anúncio do Brasil como sede, feito há uma semana, pegou os jogadores e a comissão técnica da seleção comandada por Tite de surpresa.

Os jogadores reclamaram ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, por terem ficado sabendo pela imprensa e expressaram oposição à realização do campeonato no Brasil, segundo país com mais mortes pela pandemia (mais de 473 mil), um número superado apenas pelos Estados Unidos.

“Vamos conversar (depois do jogo contra o Paraguai). Não queremos nos desviar do nosso objetivo, que para nós é a Copa do Mundo”, disse o capitão Casemiro na sexta-feira (4), após a vitória por 2 a 0 sobre o Equador, em Porto Alegre.

Tite disse quinta-feira (3) que a posição do grupo sobre a ideia de disputar o torneio no Brasil era “muito clara” e prometeu expressar sua opinião após a partida contra os paraguaios.

O apoio do técnico a seus jogadores irritou Caboclo, que no domingo foi afastado do cargo por trinta dias após uma denúncia de uma funcionária da CBF por assédio sexual e moral.

Irritado com Tite, Caboclo estaria considerando substituir o técnico, que tem o apoio do grupo.

O Brasil assumiu a organização da quarta Copa América, realizada nos últimos seis anos, em meio a críticas de treinadores, jogadores e médicos devido à gravidade da pandemia e ao calendário futebolístico apertado.

O presidente Jair Bolsonaro apoia a Copa, que deve ser disputada sem público no Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia e Brasília entre os dias 13 de junho e 10 de julho.

AFP

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