Conflito Moscou-Kiev avança rua a rua no leste da Ucrânia

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Confrontos entre forças russas e ucranianas chegaram às ruas da região leste do país eslavo, principalmente em Donetsk.

As tropas russas continuam a atacar diferentes pontos do território ucraniano, como confirma uma reportagem de Johny Miller, correspondente da cadeia iraniana de língua inglesa Press TV, da autoproclamada república popular de Donetsk, localizada na região de Donbas (leste Ucrânia).

“Eles [os russos] dizem que estão atacando instalações militares e armas vindas da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e que estão tentando atacar essas armas antes que possam chegar às linhas de frente”, relata Miller em um vídeo publicado no domingo.

Da mesma forma, indicou que um distrito de Donetsk foi atacado por volta das 9 horas da noite de sábado (hora local), conforme ocorrência de fortes explosões. Embora ninguém tenha morrido, 10 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança.

“A verdade é que, em Donetsk, o Exército ucraniano vem bombardeando áreas civis nos últimos oito anos, atacando e matando seus próprios civis. A maioria das pessoas aqui em Donetsk dizem que não querem mais fazer parte da Ucrânia e pretendem se juntar à Rússia. É uma das principais razões pelas quais a Ucrânia mata seu próprio povo. Cerca de 10.000 pessoas foram mortas nos últimos oito anos”, disse Miller.

As cidades da região leste de Donbass estão no centro da operação russa. De fato, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, confirmou no sábado que aquela área estava sob “ataques aéreos constantes, fogo de artilharia e mísseis”.

Em declarações feitas na quinta-feira, Zelensky também admitiu que as tropas russas “controlam cerca de 125 mil quilômetros quadrados” da Ucrânia, ou seja, 20% do território deste país europeu, incluindo a península da Crimeia e áreas orientais.

Desde 24 de fevereiro, data do início da operação militar russa, Moscou deixou claro que não busca ocupar o país vizinho, mas sim “desmilitarizá-lo” e “desnazificá-lo”, bem como impedir que a OTAN, liderada pelos EUA, transforme a Ucrânia em uma base anti-russa.

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