Copa Verde: Justiça condena Paysandu por cantos homofóbicos em Re-Pa

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A Procuradoria de Justiça Desportiva tomou conhecimento dos fatos através de uma notícia de infração apresentada pelo Coletivo de Torcidas LGBTQ

 

O Paysandu foi julgado nesta segunda, 24 de janeiro, pela Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. Segundo o portal Romanews, o clube foi denunciado por cantos homofóbicos e punido com a multa de R$ 10 mil, por os auditores terem considerado as provas robustas. A decisão em primeira instância cabe recurso.
 
Entenda o ocorrido:
 
No dia 1º de dezembro de 2021, Paysandu e Remo fizeram a partida de ida da semifinal da Copa Verde. Aos 11 minutos do segundo tempo, a torcida do Papão entoou cantos homofóbicos direcionados ao jogador Neto Pessoa, o chamando de “v*”. Em outro momento ainda cantaram, repetidamente, “remista é gay, é gay, é gay”.
 
A Procuradoria de Justiça Desportiva tomou conhecimento dos fatos através de uma notícia de infração apresentada pelo Coletivo de Torcidas LGBTQ. O Procurador responsável por analisar a notícia de infração afirmou não haver legitimidade do grupo, mas apresentou provas para oferecer a denúncia. A constatação da Procuradoria são vídeos que mostram a torcida do Paysandu cantando repetidas vezes as ofensas, além de matérias jornalísticas noticiando os fatos.
 
O Paysandu foi enquadrado no artigo 243-G do CBJD, que fala em “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
 
Após a leitura do relatório, da apresentação de prova de vídeo e da sustentação da acusação, o advogado Marcelo Jucá repudiou veementemente as condutas homofóbicas, enfatizou a obrigação de uma defesa técnica, não pediu absolvição do clube e dividiu a Tribuna com a sócia Amanda Borer. 
 
O relator José Maria Philomeno,  único que puniu o Remo no outro processo de cantos homofóbicos, também votou pela aplicação de multa ao Paysandu e, desta vez, a decisão foi unânime, pois a Comissão entendeu tratar-se de prova contundente. 
Os auditores Miguel Ângelo Cançado, Ramo Rocha e o presidente Alcino Guedes acompanharam a relatoria e a decisão foi unânime.
 

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