Itamaraty reforça a defesa por solução pacífica e proteção à população civil
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério das Relações Exteriores, opta por um tom de prudência em relação ao agravamento do conflito na Síria. A abordagem cautelosa reflete a intenção de evitar polêmicas e priorizar o diálogo, sem comprometer a posição brasileira de respeito ao direito internacional e à soberania dos países envolvidos.
Posicionamento oficial do Itamaraty
Antes mesmo da queda do presidente sírio Bashar al-Assad, o Itamaraty emitiu um comunicado expressando preocupação com a escalada de violência no país do Oriente Médio. A nota destacou a importância de proteger a população e as infraestruturas civis, pedindo que todas as partes respeitem o direito internacional.
“O governo brasileiro acompanha com preocupação a escalada de hostilidades na Síria”, diz o documento, que também reiterou o apoio a uma solução negociada. “O Brasil apoia os esforços para solução política e negociada do conflito na Síria, que respeitem a soberania e a integridade territorial do país.”
O governo brasileiro também orientou que cidadãos brasileiros presentes na Síria saiam do país o quanto antes, mas, até o momento, não há previsão de missões de resgate.
Prudência em tempos de crise
A estratégia cautelosa do governo reflete a agenda interna carregada e a necessidade de evitar envolvimentos profundos em crises internacionais de alta complexidade, como as do Oriente Médio. Essa postura é reforçada pelo protagonismo do Itamaraty, que desempenha papel central nas manifestações do Brasil sobre temas diplomáticos delicados.
Enquanto isso, as autoridades brasileiras continuam monitorando os desdobramentos da crise, reafirmando o compromisso com a busca por uma solução pacífica, em linha com os princípios que regem o direito internacional.