Demissões em massa: Trump e Musk declaram guerra aos servidores públicos dos EUA

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Trump e Musk querem ‘faxinar’ o governo dos EUA demitindo milhares. Será eficiência ou caos? A Justiça já está no caminho


A aliança improvável que pode mudar os EUA
Donald Trump e Elon Musk, duas figuras símbolo de polarização, uniram forças em um projeto ambicioso e controverso: reduzir drasticamente o funcionalismo público americano. Com uma ordem executiva assinada nesta terça-feira (11), o ex-presidente deu início a um plano que promete cortes em larga escala, intervenção direta de Musk na gestão governamental e uma batalha judicial que já começa a esquentar em Washington.

O plano: cortes radicais e um departamento comandado por Musk
A ordem determina que agências federais colaborem com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Musk, para identificar demissões em massa e funções consideradas “desnecessárias”. A regra mais impactante, porém, é a que limita novas contratações: para cada quatro funcionários que saírem, apenas um poderá ser admitido. O objetivo declarado é economizar até US$ 1 trilhão, mas críticos veem riscos de colapso em serviços essenciais.

Musk no centro do furacão político
O bilionário, usando um boné “Make America Great Again” durante o anúncio, defendeu seu papel como conselheiro não eleito: “A burocracia se tornou um quarto poder, e isso é inconstitucional”. Sua atuação, no entanto, é alvo de questionamentos. O DOGE não divulgou critérios para os cortes, e Musk enfrenta resistência até mesmo no acesso a sistemas financeiros do Tesouro americano, bloqueados por decisões judiciais anteriores.

A resistência: sindicatos, Judiciário e a ameaça de caos
Sindicatos de servidores públicos alertam que a medida viola acordos trabalhistas e pode paralisar setores como saúde, segurança e infraestrutura. A ordem também revive tensões entre o Executivo e o Judiciário: um juiz federal já bloqueou iniciativas semelhantes de Trump no passado, e o ex-presidente não poupou críticas: “Talvez precisemos olhar para os juízes, porque isso é muito sério”.

A estratégia política de Trump em ano eleitoral
Analistas veem a medida como uma jogada para reforçar a imagem de “destruidor do establishment” em meio à campanha eleitoral. O discurso contra a “corrupção burocrática” ressoa entre sua base, mas democratas acusam a iniciativa de ser um “golpe contra a democracia”. Para piorar, a promessa de Trump de recorrer às decisões judiciais sugere um prolongamento do conflito que pode se arrastar por meses.

Um futuro incerto para o funcionalismo americano
A ordem executiva é mais um capítulo na guerra de Trump contra instituições públicas, mas seu legado dependerá de uma batalha jurídica e política sem precedentes. Enquanto Musk tenta vender eficiência, servidores públicos temem pelo emprego, e especialistas questionam: é possível enxugar o Estado sem sacrificar serviços à população? A resposta definirá não apenas o futuro administrativo dos EUA, mas também o destino político de seus idealizadores.

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