O encontro entre Petro e Biden teve como foco a Venezuela e as sanções impostas por Washington ao governo de Nicolás Maduro
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, destacou nesta quinta-feira nos Estados Unidos que seu país não entregará armas russas adquiridas no passado à Ucrânia.
“As administrações anteriores compraram armas russas, especialmente helicópteros”, confirmou o presidente colombiano em entrevista coletiva após se encontrar com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca.
Nesse sentido, destacou que “ minha posição sobre essas armas, hoje em poder do Estado colombiano, é que não vão para a guerra. Elas não vão nem para a Rússia nem para a Ucrânia.
Petro declarou em 24 de janeiro, no âmbito da VII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada em Buenos Aires, que preferia que as velhas armas russas compradas por seu país permanecessem como “sucata” em suas terras, em vez de entregá-las a Kiev.
O encontro entre Petro e Biden teve como foco a Venezuela e as sanções impostas por Washington ao governo de Nicolás Maduro. Para o presidente colombiano, é importante não sair de mãos vazias antes da conferência internacional que Bogotá sediará em 25 de abril sobre o diálogo intervezuelano.
Outros assuntos abordados na reunião foram política antidrogas, migração e clima. Os dois presidentes afirmaram que trabalharão juntos no combate ao narcotráfico. Petro insistiu na importância de uma economia descarbonizada e destacou a necessidade de passar do capital fóssil para uma economia que não use carvão, petróleo ou gás.
O presidente dos Estados Unidos, por sua vez, destacou na abertura da colaboração com a Colômbia sobre mudança climática, fortalecimento das economias e combate ao narcotráfico. “Ao iniciarmos o próximo século de nossa parceria, espero aprofundar e desenvolver nossa cooperação”, enfatizou Biden.
