Duas doses da Pfizer e AstraZeneca protegem contra variante delta, diz estudo

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Pesquisa britânica aponta que ambas as vacinas são altamente eficazes contra a contagiosa variante do coronavírus. Dados ressaltam que uma única dose não fornece proteção suficiente.

Duas doses dos imunizantes da Pfizer-Biontech ou da AstraZeneca contra a covid-19 são quase tão eficazes contra a variante delta do coronavírus, tida como altamente contagiosa, quanto contra a variante alfa, dominante até então no Reino Unido, mostrou um estudo publicado nesta quarta-feira (21/07) na revista especializada New England Journal of Medicine. Os dados ressaltam, porém, que uma única dose não fornece proteção suficiente.

As conclusões corroboram constatações anteriores divulgadas em maio pela Public Health England (PHE), agência do Ministério da Saúde britânico, sobre a eficácia das vacinas contra covid-19 produzidas pelas referidas empresas farmacêuticas com base em dados do mundo real.

De acordo com a pesquisa mais recente, duas doses da vacina da Pfizer são 88% eficazes na prevenção de casos sintomáticos de covid-19 após uma infecção pela variante delta, em comparação com 93,7% no caso da variante alfa, praticamente o mesmo que havia sido relatado anteriormente.

Já duas doses do imunizante da AstraZeneca se mostraram 67% eficazes contra a variante delta – acima, portanto, dos 60% relatados originalmente – e 74,5% eficazes contra a variante alfa, em comparação com uma estimativa original de 66% de eficácia.

“Foram observadas apenas pequenas diferenças em eficácia contra a variante delta em comparação com a variante alfa após o recebimento de duas doses de vacina”, escreveram pesquisadores da PHE no estudo.

Metodologia

Para o estudo, os pesquisadores fizeram duas abordagens: primeiramente, os cientistas compararam o estado de vacinação de pessoas com covid-19 sintomática com o estado de vacinação de pessoas que relataram sintomas, mas obtiveram um teste negativo.

Já numa segunda análise, a proporção de pessoas infectadas com a variante delta em relação à variante alfa foi estimada de acordo com o estado de vacinação. A suposição era que se a vacina fosse igualmente eficaz contra cada variante, uma proporção semelhante de casos com qualquer uma das variantes seria esperada em pessoas não vacinadas e em pessoas vacinadas.

Por outro lado, se a vacina fosse menos eficaz contra a variante delta do que contra a variante alfa, então seria de se esperar que a primeira representasse uma proporção maior de casos três semanas após a vacinação do que entre não vacinados.

Ambas as variantes foram identificadas com o uso de sequenciamento e com base no gene da proteína spike.

Outras conclusões

O estudo publicado nesta quarta-feira também constatou que uma dose da Pfizer é 36% eficaz na prevenção de casos sintomáticos após o contágio pela variante delta, enquanto que uma dose da AstraZeneca é cerca de 30% eficaz. O resultado reforça estimativas anteriores da PHE, segundo as quais, a primeira dose de qualquer uma das vacinas seria cerca de 33% eficaz.

“Nossa descoberta de eficácia reduzida após a primeira dose apoiaria os esforços para maximizar a aplicação de duas doses entre os grupos vulneráveis no contexto da circulação da variante delta”, disseram os autores do estudo.

Dados de Israel haviam estimado uma eficácia menor da vacina da Pfizercontra casos sintomáticos após uma infecção pela variante delta, embora a proteção contra quadros graves da doença tenha continuado alta.

A variante B.1.617.2 (delta) do Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19, foi primeiramente detectada na Índia, e já se espalhou pelo mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça que a cepa poderá se tornar dominante no mundo em poucos meses. (Reuters, DW)

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