Em nova fase da sua história, Remo recebe o Galo com 100 dias sem derrota

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Leão Azul paraense tem figuras conhecidas e técnico bastante experiente; Veja números, curiosidades do clube e histórico do confronto contra o Atlético-MG, adversário desta quarta-feira

Remo chega para enfrentar o Atlético-MG na terceira fase da Copa do Brasil com uma campanha invicta na temporada. São 16 partidas, sendo 10 vitórias e seis empates – aproveitamento de 75%. O confronto de ida, que acontece nesta quarta-feira, a partir das 19h, no Estádio Baenão, em Belém, é o mais importante para o Leão Azul até aqui no ano.

Goleiro titular e ídolo do Remo, Vinícius é vereador de Belém — Foto: Ascom/Câmara de Belém

Goleiro titular e ídolo do Remo, Vinícius é vereador de Belém — Foto: Ascom/Câmara de Belém

A última derrota do Remo em 2021 aconteceu no dia 21 de fevereiro, 2 a 1 para o Brasiliense, na final da Copa Verde. Nesta terça-feira, o time paraense completa 100 dias sem derrota.O ataque da equipe vai bem. São 32 gols marcados, com uma média de dois por jogo. Já a defesa, muito criticada pelos muitos erros individuais e de posicionamento, sofreu 15 gols.

Para chegar à terceira fase, o Leão eliminou o CSA fora de casa nos pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal. Antes dos alagoanos, o time despachou o Esportivo-RS por 2 a 0 longe da capital paraense.

Reencontro após 15 anos 

Remo 2 x 1 Atlético-MG, Série B 2006, no Mangueirão — Foto: Fernando Araújo/O Liberal
Remo 2 x 1 Atlético-MG, Série B 2006, no Mangueirão — Foto: Fernando Araújo/O Liberal

A última vez que Remo e Atlético-MG se encontraram foi durante a Série B de 2006. No primeiro turno, vitória alvinegra por 3 a 1, no Mineirão. Os gols do Galo foram de Bilu, Marinho e Dinelson; Landu descontou.

No dia 16 de setembro, em Belém, o Remo do então técnico Giba surpreendeu os mineiros e saiu do Mangueirão vitorioso: 2 a 1, gols de Landu e Zé Soares. O adversário diminuiu com Roni, cobrando pênalti. A Série B daquele ano terminou com o Atlético-MG campeão e o time remista na 12ª colocação.

As equipes também já se enfrentaram pela Copa do Brasil em outras duas oportunidades – em ambas o Galo levou a melhor. A primeira foi em 1994, pela segunda fase do torneio. Na ida, o Remo venceu por 2 a 1, em Belém, mas o Atlético-MG reverteu o placar com o triunfo por 2 a 0 em BH e seguiu na competição.

O último encontro pela Copa do Brasil foi em março de 1997, também pela segunda fase. A ida novamente foi no Pará e terminou empatada em 3 a 3. Em Minas, o Atlético-MG venceu por 3 a 2.

Atlético-MG 3 x 2 Remo, 1997 — Foto: TV Globo
Atlético-MG 3 x 2 Remo, 1997 — Foto: TV Globo

No retrospecto geral, o Atlético-MG leva larga vantagem sobre o time paraense. Confira:

17 jogos
10 vitórias do Atlético-MG
5 empates
2 vitórias do Remo

O comandante azulino 

Paulo Bonamigo técnico Remo — Foto: Samara Miranda/Remo
Paulo Bonamigo técnico Remo — Foto: Samara Miranda/Remo

Paulo Bonamigo é o treinador da equipe. Ele foi contratado ainda na temporada passada e conseguiu colocar a equipe de volta à Segundona do Brasileiro. Como jogador, vestiu por anos a camisa do Grêmio, clube que o revelou. Ele também atuou por equipes como Internacional, Coritiba, Botafogo e Bahia.

Como técnico, comandou diversas equipes do Brasil, mas tem carreira consolidada no futebol árabe. Essa é a segunda passagem dele pelo Leão. A primeira foi em 2000, na boa campanha do time na Copa João Havelange.

Personagens do time 

Marlon, Gedoz, Wellington Silva e Lucas Tocantins (de costas) — Foto: Cristino Martins/O Liberal

Marlon, Gedoz, Wellington Silva e Lucas Tocantins (de costas) — Foto: Cristino Martins/O Liberal

O Remo possui algumas caras conhecidas do futebol brasileiro. O meia-atacante Felipe Gedoz, com passagens por times como Athletico-PR, Goiás, Vitória e Nacional-URU, é um dos destaques da equipe. Peça fundamental no acesso à Série B na temporada passada, o jogador renovou como clube após uma campanha feita pela diretoria, que buscou recursos para garantir a contratação.

O goleiro e ídolo Vinícius é a segurança embaixo da trave. São cinco temporadas como titular. Dono de muitos “milagres” sob o travessão, o atleta com passagem pelo Flamengo entre 2010 e 2011 foi um dos responsáveis pelo Leão ter uma das melhores defesas do vice-campeonato na Série C. A idolatria do torcedor é tão grande que o arqueiro foi eleito vereador de Belém com mais de sete mil votos – o 12º candidato mais votado do pleito na capital.

Vinícius, um dos símbolos do momento do Remo — Foto: Samara Miranda
Vinícius, um dos símbolos do momento do Remo — Foto: Samara Miranda

O lateral-direito Marlon também se destaca. Já são seis assistências na temporada, sendo o principal “garçom” do time. O volante e capitão Lucas Siqueira é outra “arma” azulina. Em 2021, são quatro gols e quatro assistências. Na estreia do Remo na Série B contra o CRB no último sábado, o jogador marcou os dois gols da equipe no empate em 2 a 2.

Paulo Bonamigo ainda conta com o lateral-esquerdo Wellington Silva, ex-Fluminense (em recuperação de uma lesão); atacante Erick Flores, ex-Flamengo; o atacante Lucas Tocantins, campeão da Série B de 2020 com a Chapecoense; Edson Cariús, ex-Fortaleza; além de Dioguinho, artilheiro do time com seis gols, mas que foi afastado por indisciplina.

Clube está em reestruturação 

Estádio Baenão — Foto: Samara Miranda/Ascom Remo
Estádio Baenão — Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

O Remo passou anos na terceira ou quarta divisão nacional – tendo ficado sem divisão em duas ocasiões –, dívidas trabalhistas acumuladas e abandono de um dos seus maiores patrimônios: o Estádio Evandro Almeida – Baenão.

Eleito presidente no fim de 2018, Fábio Bentes iniciou o processo de reestruturação. O clube renegociou as dívidas, colocou as contas em dia e buscou a reabertura da sua casa, que ficou cerca de cinco anos fechada após uma tentativa de reforma por parte da gestão do ex-presidente Zeca Pirão.

Contudo, os anos se passaram e o local ficou fechado, sem reforma. A reinauguração só foi possível graças à ajuda de um grupo de torcedores intitulado de “O Retorno do Rei”. O projeto arrecadou recursos e doações para que fosse feita a reforma, que estava parada. Fizeram o suficiente para que o Baenão pudesse receber jogos oficiais novamente. Este ano, o clube finalizou a instalação dos novos refletores, permitindo que o time jogasse no período noturno.

O Remo agora estuda investir em outras áreas. Além de ampliar o Núcleo Azulino de Saúde e Performance (Nasp), a próxima meta é adquirir um terreno para a construção do centro de treinamento. Alguns pontos na Região Metropolitana de Belém já foram visitados. A diretoria estuda utilizar parte da cota da 3ª fase da Copa do Brasil para dar início ao sonho.

Com informações do GE

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