Entre a vida e a economia, um novo governo deve ficar com as duas

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Essa política de empobrecimento das classes trabalhadoras é uma das marcas neoliberais do governo Bolsonaro

A inflação chegou aos dois dígitos em 2021, %10,6 de corrosão do poder de compra.

Segundo analistas o salário mínimo do ano passado, de R$1.100,00 reais teve seu valor real, no último mês de 2021, reduzido em pelo menos R$110,00, ou seja, o mínimo já estava em R$990,00 quando foi reajustado no valor da inflação.

O que isso significa?

Que o valor real do mínimo voltou a ser os mesmos R$1.100,00. O poder de compra das pessoas que vivem do trabalho foi reduzido por todo o ano de 2021, e agora voltou a ser o que era em janeiro do ano passado.

Essa política de empobrecimento das classes trabalhadoras é uma das marcas neoliberais do governo Bolsonaro.

Contudo, pelo que se lê, outros possíveis candidatos de oposição ao Bozo, pretendem tirar o bode (ou Bozo) da sala, mas manter intacta o restante da mobília. Assim têm se desenhado as propostas encampadas, principalmente na economia, pelas potenciais candidaturas da terceira via, Dória e Moro.

Apesar de haver consenso de que é preciso focar o crescimento com redução das desigualdades, não se ouve a terceira via falar da importância de o Estado conduzir, como indutor, este processo de investimento e consequente crescimento. Por outro lado, buscam manter a retórica do teto de gastos, como se o investimento em políticas sociais e transferência de renda fosse um gasto, ou uma irresponsabilidade e não um investimento.

Os debates que estão sendo tocados pela candidatura Lula, por outro lado, são essenciais, como: a derrubada do teto de gastos, a reversão da reforma trabalhista e assumir medidas emergenciais para reduzir a fome e a miséria.

As duas primeiras medidas permitirão ao mesmo tempo a retomada do investimento social e da indução estatal ao crescimento econômico. Aumenta as despesas estatais, sim, mas gera crescimento que aumentará a arrecadação. Dessa forma podem gerar mais e melhores empregos, de carteira assinada, e com melhores salários. Além de reverter perdas de direitos de trabalhadoras e trabalhadoras celetistas geradas pela reforma.

A terceira proposta, de medidas emergenciais de enfrentamento à fome e ao desemprego, tem prioridade moral e ética que superam qualquer limite ou responsabilidade fiscal que se possa enumerar. Recolocando, assim, a importância da vida das pessoas, como prioridade primeira de qualquer governo, desbancando a política e economia de Bolsonaro e seus grupos de sustentação, dentre os quais os que hoje se chamam terceira via.

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