Escola de Verão de Pós-Graduação em Ciências Ambientais abre inscrições online gratuitas

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
A programação oferta 21 minicursos e permite a cada participante a inscrição em até dois deles, com direito a certificado, para quem tiver frequência completa

A quarta edição da Escola de Verão será realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), de 5 a 9 de julho, e está com inscrições on-line, gratuitas, abertas até a próxima sexta-feira (2), para qualquer pessoa interessada por assuntos que relacionem temas ambientais com questões sociais, econômicas e culturais. A programação oferta 21 minicursos e permite a cada participante a inscrição em até dois deles. O evento será certificado, para quem tiver frequência completa no curso para o qual se inscrever.

“O objetivo da Escola de Verão é promover a inserção social do PPGCA. Ou seja, aproximar o Programa da comunidade na qual está inserido, estabelecer uma ponte para troca de saberes entre os membros do PPGCA e a sociedade”, explica o coordenador do PPG, Altem Pontes.

Por ser um evento multidisciplinar, a Escola de Verão terá uma programação variada, com abrangência às áreas das Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Sociais e Humanas, além das Ciências Biológicas e da Saúde. De acordo com professor Altem Pontes, o contexto atual, que impõe a realização do evento em uma versão digital on-line permite a ampliação do público. “Para a maioria dos minicursos, nós ofertamos de 30 a 50 vagas. Pretendemos alcançar alunos que estejam em outros municípios e até mesmo em outros estados”, afirma.

A IV Escola de Verão do PPGCA configura-se como uma oportunidade de aproveitar o mês de julho, tradicionalmente associado às férias escolares, para ampliar conhecimentos sobre temas ambientais discutidos em interfaces com diferentes áreas do conhecimento.

Meio ambiente e uma perspectiva holística da saúde

A diversidade de temas contempla discussões como as que serão realizadas no minicurso “Holopatogênese, Meio Ambiente e Saúde: Uma Proposta Interdisciplinar”, a ser ministrado pelo professor José Augusto Carvalho de Araújo. “Podemos dizer que a relação saúde e meio ambiente é indissociável, ou seja, as questões ambientais são parte integrante da saúde. Para compreendermos esta relação homem-meio é importante dizer que eles estão em constante interação”, explica o professor.

Para Augusto Araújo, a maioria das pessoas não se vê como parte do meio ambiente e não compreende que a própria saúde está relacionada ao meio ambiente, porque “a ciência nos ensina e ver somente a doença, e os seus desdobramentos e consequentemente, aprendemos que o adoecer é um resultado, mas não sabemos as causas. Não nos é ensinado a entender sobre a saúde. A holopatogênese é um conceito que inverte a lógica, e nesse caso ensinaríamos sobre a saúde, suas condições sociais, o que são fatores de vulnerabilidades, os riscos, a importância sobre a prevenção e a promoção à saúde”, esclarece.

Na perspectiva de uma saúde integral, essa relação entre saúde e meio ambiente envolve também a saúde mental, que na avaliação do professor “talvez seja o tema mais controverso e invisível da atualidade”. Nesse sentido, o professor afirma que “a saúde mental é resultado do meio ambiente, enquanto espaço de harmonia, equilíbrio, discernimento sobre práticas saudáveis de saúde, práticas saudáveis de relações sociais.  A crise das pessoas é uma crise de identidade, por não se conhecerem socialmente falando”.

Comunicação química

Pensar em um contexto de harmonia e saúde, também requer levar em conta os invertebrados frequentemente lembrados apenas como incômodos: os insetos. No minicurso “A Comunicação Química entre os Insetos”, cinco professores vão abordar aspectos relativos à importância dessa comunicação, que viabiliza a interação dos insetos com o ambiente e outros organismos.

Andreza Mesquita Martins, química e mestre em Ciências Ambientais pelo PPGCA, umas das responsáveis pelo minicurso, ressalta que a ação humana que mais prejudica essa comunicação é a destruição dos habitats, com desmatamento, queimadas e outras interferências desse tipo. Por outro lado, atitudes que parecem pontuais e inofensivas, como o uso de inseticidas no ambiente doméstico, também podem ser prejudiciais, como o uso de inseticidas.

“Quanto ao uso dos inseticidas domésticos, geralmente são usados para matar mosquitos, baratas entre outros. Entretanto, o uso deles também pode afetar insetos que desempenham funções importantes dentro do ambiente, como as abelhas que são polinizadoras. Portanto, o uso abusivo destes inseticidas pode causar um desequilíbrio não só na comunicação química, mas nas suas cadeias ecológicas, provocando um desequilíbrio ecológico”, detalha Andreza Martins.

Serviço

IV Escola de Verão do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Uepa).

Período: 5 a 9 de julho de 2021.

Ambiente: Plataforma do Google Meet.

Inscrições: até 02 de julho de 2021.

Acesse,aqui, o formulário de inscrições e a programação completa 

(Ascom Uepa).

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