Especialista aponta fim ‘inevitável’ do Bitcoin

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Stephen Isaacs, presidente do comitê de investimento da empresa de consultoria Alvine Capital, crê que o bitcoin inevitavelmente deixará de ser viável, inclusive devido à lavagem de dinheiro.

 

O fim do Bitcoin é inevitável, disse Stephen Isaacs, consultor de investimentos, à emissora CNBC, dando duas razões que estariam por trás da futura queda da moeda criptográfica mais popular.

De acordo com Isaacs, a regulamentação governamental e os riscos ambientais são dois fatores-chave que representam riscos para as criptomoedas, acrescentando que as moedas digitais não têm fundamentos.

“Não sei onde vai acabar, ou como vai acabar, mas vai acabar”, disse o presidente do comitê de investimento da empresa de consultoria Alvine Capital, com sede em Londres, Reino Unido.

“E quando terminar, vai ser feio, porque não haverá nada lá.”

O preço do Bitcoin caiu 17% durante o último fim de semana, após um crescimento explosivo que culminou em um recorde histórico de US$ 64.000 (R$ 356.467,20), em meio a um relatório não confirmado de que o Tesouro dos EUA poderia em breve reprimir as instituições financeiras que usam ativos digitais para lavar dinheiro.

Isaacs disse que o que aconteceu durante o fim de semana foi apenas um “sinal” do “que poderia acontecer se a regulamentação chegasse a este produto”.

“É quase uma vítima de seu próprio sucesso, que se este produto permite a transferência de grandes quantidades de dinheiro entre indivíduos que têm total anonimato, ele vai contra toda uma geração de regulamentação”, opinou.

Bitcoin é baseado em tecnologia de blockchain, que garante a segurança de suas transações. A criptomoeda, no entanto, não pode ser considerada completamente anônima, uma vez que a tecnologia que usa também implica que cada transação ficará para sempre inscrita nela, o que possivelmente poderia representar um risco à privacidade.

Os componentes do Bitcoin, tais como endereços, chaves públicas e privadas e transações, são todos lidos em cadeias de texto que não podem ser diretamente ligadas à identidade pessoal de ninguém, tornando a criptomoeda anônima para os usuários até certo ponto.

Isaacs também defendeu que o Bitcoin é um “produto muito sujo, e está ficando mais sujo a cada minuto, porque a quantidade de energia necessária para minerar o fornecimento adicional está aumentando” e que o consumo de energia da criptomoeda seria outro fator que a mataria “se alguém estiver levando a sério a mudança climática”.

Natureza da moeda digital
O processo de mineração de Bitcoin depende de computadores correndo para resolver um problema matemático para cada transação. Quem o resolver primeiro e verificar a transação mina uma nova moeda. Como um número crescente de pessoas e computadores em rápido avanço tecnológico tentam decifrá-los ao redor do mundo, a solução dessas equações está se tornando mais competitiva e difícil.

O número de moedas disponível para mineração está limitado a 21 milhões, sendo que 18 milhões de Bitcoins já foram extraídos até fevereiro de 2021.

Lançado no início de 2009, o Bitcoin é a maior moeda criptográfica mundial por capitalização de mercado e quantidade de dados armazenados em sua blockchain.

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