As crianças brasileiras, acompanhadas por seus pais haitianos, partiram do Brasil e chegaram à fronteira Estados Unidos-México, de onde depois foram deportadas para o Haiti
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), informou que 30 crianças brasileiras foram deportadas pelos EUA para o Haiti em meio ao crescente fluxo migratório na fronteira EUA-México.
As crianças brasileiras, acompanhadas por seus pais haitianos, partiram do Brasil e chegaram à fronteira Estados Unidos-México, de onde depois foram deportadas para o Haiti. A maioria deles tem até três anos, conforme disse a OIM à BBC News Brasil.
O chefe da missão da OIM no Haiti, Giuseppe Loprete, afirmou que as crianças não apresentaram qualquer problema maior. Embora as crianças não tivessem documentos para comprovar a nacionalidade do Haiti, como seus pais são haitianos, elas também são consideradas haitianas segundo as leis do país.
Loprete explicou que as crianças podem obter documentos haitianos, como certidão de nascimento e carteira de identidade, estando no Haiti. As autoridades locais informaram que facilitarão o processo.
A Constituição brasileira indica que as crianças nascidas no Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, são considerados brasileiros natos. Por isso, as crianças deportadas tinham apenas documentação brasileira.
Cerca de 15.000 migrantes, principalmente do Haiti, chegaram à cidade texana Del Rio, na fronteira EUA-México, nas últimas semanas, forçando o governo norte-americano a declarar o estado de emergência e a enviar agentes fronteiriços.