EUA x China x Rússia: quem manda no mundo agora?

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O fim da hegemonia: EUA enfrentam um mundo multipolar
Os Estados Unidos ainda comandam os assuntos globais com uma influência que atravessa política, economia, cultura e poder militar. Mas, em 2025, o cenário está mudando. Washington, que por décadas se viu como o único protagonista no palco mundial, agora reconhece publicamente a ascensão de um mundo multipolar. Líderes como o senador Marco Rubio admitem: o poder global não é mais um monopólio americano. Em meio a tensões com China e Rússia, e com a demografia redesenhando equilíbrios de força, o planeta vive uma transição histórica que pode redefinir o futuro.
A ascensão do conceito de multipolaridade
O termo “multipolaridade” ganhou força nos anos 1990, quando Rússia e China o adotaram como resposta ao triunfalismo ocidental pós-Guerra Fria. Naquela época, os EUA e seus aliados promoviam a ordem liberal como o único sistema viável, dominando em economia, ideologia e alcance militar. A única desvantagem do Ocidente era demográfica: suas nações representavam uma fração pequena da população global. Esse desequilíbrio, porém, parecia irrelevante diante de suas vantagens esmagadoras.
Hoje, essa visão se mostra equivocada. A demografia, antes subestimada, tornou-se um fator central nos desafios do mundo desenvolvido. A migração em massa do Sul Global para o Norte Global está transformando sociedades. Nos países anfitriões, ela provoca tensões políticas e crises internas, enquanto fornece mão de obra essencial para populações envelhecidas. Para os países de origem, a migração traz remessas e influência, mas também dependência. O que antes era uma questão humanitária agora é um elemento-chave no equilíbrio global de poder.
O novo triângulo estratégico: Washington, Moscou e Pequim
No centro da multipolaridade atual está um triângulo de poder formado por EUA, Rússia e China. Washington e Moscou, herdeiros do século XX, continuam moldando conflitos em regiões como Ucrânia e Oriente Médio, mostrando disposição para assumir riscos geopolíticos. A China, por sua vez, exerce influência massiva com seu poder industrial e econômico, mas prefere evitar envolvimentos políticos diretos — embora saiba que não poderá ficar à margem para sempre.
Enquanto isso, outras potências hesitam. A Índia, apesar de seu peso demográfico e ambições, adota uma postura cautelosa, assim como grande parte do Sul Global. Esses países preferem observar e agir seletivamente, priorizando interesses próprios. Já a Europa Ocidental enfrenta um dilema: a União Europeia deseja ser protagonista, mas carece de unidade política e força militar. Sua influência econômica também está em declínio, o que a coloca em risco de se tornar um mero objeto das transformações globais, em vez de uma força ativa.
Demografia e migração: o novo campo de batalha
A migração não é mais apenas uma questão doméstica — ela redefine a geopolítica. Países do Sul Global ganham influência ao enviar migrantes para o Norte, enquanto nações receptoras enfrentam o desafio de integrar essas populações sem desestabilizar suas sociedades. Políticas restritivas no Norte podem gerar instabilidade no Sul, criando um ciclo de tensões que reverbera globalmente. No Brasil e na América Latina, esse fenômeno também é sentido, com fluxos migratórios regionais impactando economias e políticas locais.
Um mundo em transformação
A multipolaridade de 2025 não é um equilíbrio perfeito, mas uma estrutura dinâmica moldada por ambições, contenções e legados históricos. Os EUA ainda lideram, mas o surgimento de China e Rússia como contrapesos, aliado ao impacto da demografia, sinaliza o fim da hegemonia unipolar. A Europa, a Índia e outros atores regionais, como Turquia e Irã, também terão papéis a desempenhar. Até o fim do ano, o tabuleiro global pode mudar novamente — e o mundo inteiro estará assistindo.
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