Europa vive o momento mais perigoso desde a Guerra Fria

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O principal diplomata da União Europeia (UE), Josep Borrell, alerta para uma crise de segurança na Europa em um momento muito delicado com a Rússia.

“A atual situação de segurança na Europa constitui o período mais difícil para a Europa em termos de segurança. Temos profundas preocupações com o aumento do risco na fronteira Ucrânia-Rússia. Na minha opinião, estamos agora no período mais perigoso desde a Guerra Fria”, disse na segunda-feira o chefe da Diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, em uma conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Washington.

Além disso, sublinhou que o “diálogo” com Moscou deve continuar a ocorrer para encontrar uma solução por via diplomática e evitar o pior cenário possível relativamente à situação atual na área.
Borrell sublinhou a “excelente cooperação nas últimas semanas” com os Estados Unidos e acrescentou que “esperamos continuar fazendo isso” para “aumentar todos os esforços para evitar os piores cenários”. Além disso, ele elogiou a “estreita aliança” entre a União Europeia e os Estados Unidos para aplicar sanções à Rússia caso ela continue o caminho da agressão.

As declarações do alto funcionário vieram depois que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou na sexta-feira 28 que a resposta dos EUA às propostas de segurança de Moscou não satisfaz o governo russo e exigiu documentos claros para garantir a segurança do país euroasiático.
Nessa mesma linha, Borrell afirmou que está considerando a demanda do governo russo e opta por uma solução diplomática diante do aumento das tensões entre a Rússia e o Ocidente.
Por sua vez, o secretário Blinken, quando questionado se o fato de fornecer relatórios de inteligência que alertam para uma iminente invasão russa na Ucrânia não seria um alarmismo desnecessário, respondeu: “Não é alarmismo, são apenas os fatos” e, portanto, “devemos nos preparar”.

Da mesma forma, salientou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “está bem posicionado para tomar decisões rápidas sobre a Ucrânia, com consequências tanto para a Ucrânia como para todos” e destacou que “o caminho responsável é a diplomacia, mas também devemos nos preparar para uma agressão da Rússia”.

Aumentam as tensões entre a Rússia e o Ocidente

Nos últimos dias, vários meios de comunicação ocidentais acusaram o gigante euroasiático de provocar uma possível invasão russa da Ucrânia que deixaria milhares de mortos e milhões de refugiados.
Enquanto a Rússia descarta qualquer invasão à Ucrânia, a situação na Europa Oriental adjacente ao território russo permanece quente. Os Estados Unidos vêm mobilizando novos contingentes de soldados para a Polônia nos últimos dois dias e o Exército ucraniano continua treinando em larga escala.

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