Agência de classificação de risco destaca safra agrícola e demanda interna como impulsionadoras do crescimento, porém, ressalta preocupações futuras
A agência de classificação de risco Fitch aumentou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023, passando de 0,7% para 2,3%, informou a CNN. Essa revisão se deve principalmente à expectativa de uma safra agrícola abundante e à persistente demanda doméstica. Além disso, a dissipação de preocupações em relação aos gastos públicos com o novo marco fiscal e às incertezas em torno do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também contribuíram para a revisão otimista.
No entanto, a Fitch adverte que a normalização da produção agrícola e os efeitos da política monetária restritiva podem desacelerar a economia brasileira além do previsto em 2024. Anteriormente, esperava-se um crescimento de 1,7%, mas agora a projeção é de apenas 1,3%.
Quanto à inflação, a agência de classificação de risco estima que o país encerre o ano com um aumento moderado de 5,2%. Essa tendência é parcialmente motivada pela eliminação gradual dos cortes de impostos sobre combustíveis implementados no ano passado.
Em escala global, a Fitch também ajustou suas projeções para o crescimento do PIB. Para 2023, a previsão foi elevada de 2% para 2,4%. No entanto, para 2024, houve uma redução de 2,4% para 2,1%, indicando uma desaceleração da economia mundial.
Embora a revisão da previsão para o crescimento do PIB brasileiro em 2023 seja positiva, a Fitch destaca a importância de enfrentar os desafios que se aproximam em 2024. A normalização da produção agrícola e as políticas monetárias restritivas devem ser monitoradas de perto para evitar uma desaceleração mais acentuada da economia nacional.
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