Pessoas foram presas na Sibéria por plano de ataque com bombas
Membros de um grupo que nega a existência da Rússia planejaram um ataque de sabotagem para impedir o envio de avisos de convocação militar, informou a polícia federal russa.
Agentes federais russos detiveram dois membros de uma seita que acredita que a União Soviética ainda existe e que estavam planejando explodir torres de celular na região central do país, de acordo com autoridades.
Em um comunicado na quinta-feira, o Serviço Federal de Segurança (FSB) informou que operações russas impediram um “ato terrorista” na cidade fechada de Zelenogorsk, na Região de Krasnoyarsk. A nota destacou que os suspeitos estavam planejando destruir torres de celular pertencentes às operadoras móveis Rostelecom e Transtelecom, na tentativa de impedir o envio de convocações militares online.
Zelenogorsk, que abriga instalações de enriquecimento de urânio, está localizada a cerca de 150 km a leste de Krasnoyarsk e só pode ser acessada com uma permissão de entrada especial.
Segundo o FSB, os golpistas estavam em processo de compra de placas de demolição de TNT, bem como um dispositivo detonador, mas foram detidos por agentes russos ao receber a entrega.
A agência também divulgou um vídeo mostrando agentes detendo os suspeitos e também uma caixa contendo os explosivos. Os agentes também foram vistos examinando vários rifles aparentemente encontrados durante a busca. No entanto, o FSB não afirmou se as armas foram adquiridas legalmente.
Autoridades descreveram os dois suspeitos como apoiadores de um grupo chamado “Cidadãos da União Soviética”, que é proibido na Rússia. Fundado em 2010, esse movimento de teoria da conspiração acredita que a União Soviética nunca realmente entrou em colapso em 1991 e ainda existe como um estado soberano.
Membros do grupo não reconhecem a Federação Russa, recusam-se a obedecer às suas leis e muitas vezes não pagam impostos ou contas de serviços públicos.
No passado, alguns membros do grupo tentaram aproveitar a nostalgia generalizada pela era soviética entre os cidadãos mais velhos, enganando-os a doar grandes quantias de dinheiro ou transferir seus apartamentos e outros bens para os golpistas.