Godzilla vs. Kong

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.

É briga o que você quer? Godzilla vs Kong / 2021 ©zoulnixvia TMDb. Todos os direitos reservados.

Godzilla vs. Kong vinha deixando os fãs do MonsterVerse completamente malucos. A ansiedade pela quarta parte desse universo de monstros titânicos travou fóruns em fan-sites e gerou um sem número de páginas de discussões internet afora antes do lançamento do longa. E parece que o filme agradou, apesar de alguns pontos questionáveis que podem ser apontados.

Na história, Nathan Lind (Alexander Skarsgård) precisa viajar à Terra Oca para encontrar o centro da origem dos monstros e salvar a humanidade. Para isso, vai contar com a ajuda de Ilene Andrews (Rebecca Hall), da pequena Jia (Kaylee Hottle), e é claro, do grande protagonista em cena, Kong.

Acostumado a lidar com macacos, nosso atual Tarzan assume o papel principal dos humanos de forma mais leve e menos sombria do que em seus últimos trabalhos e, apesar de estar liderando a expedição ao local que matou seu irmão, Nathan está sempre abaixo de suas colegas Ilene e até mesmo de Jia, a única pessoa que consegue se comunicar com Kong. Ele fica à sombra até mesmo de Maya Simmons, que tem um papel tímido e muito aquém da capacidade de sua intérprete, Eiza González. Esse fato, porém, pouco importa para o objetivo do longa, que é explorar mais os dois monstros do título.

Tanto Godzilla quanto Kong estão maiores do que nunca, com 120 e 102 metros de altura, respectivamente, e o lagarto está um tanto obeso também! A pancadaria entre os dois acontece com força, consistindo nas melhores cenas do filme. Os efeitos visuais estão tão perfeitos que assustam, valendo a experiência de conferir a película somente por causa deles. No entanto, o filme se mostra bastante parcial quando apresenta Godzilla como o grande vilão, enquanto o macaco é o imenso herói. Todas as cenas tocantes cujo propósito é emocionar o público são voltadas para ele também.

Além disso, o filme aborda questões políticas que vão muito além de uma mera guerra de titãs (ainda bem!), e para isso serve o núcleo de Madison (Millie Bobby Brown), Josh (Julian Dennison) e Bernie (Brian Tyree Henry), esse último sendo um podcaster bastante alucinado, mas com um bom faro para falcatruas e interesses escusos. A aliança dos três é bastante inusitada, mas a meu ver o personagem de Bernie dava conta do recado sem precisar da ajuda dos adolescentes, sendo que a volta de Bobby Brown ao universo está ali somente para agregar mais valor ainda à película.

Fora isso, a presença do Mecha Godzilla se apresenta como um enorme fan service que, para alguns, pode ter valido todo o filme.

Desta feita e por todo o exposto, Godzilla vs. Kong se mostra bastante eficiente tanto para os experts no quesito MonsterVerse, como para os marinheiros de primeira viagem nessa aventura. Vale a conferida e, quem sabe, você até tome algum partido nessa competição de quem ruge mais alto: team Godzilla, ou team Kong?

Publicado originalmente em O Cinema é

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