Golpe no dólar: Arábia Saudita e China estudam negociação em Yuan

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A Arábia Saudita está em negociações avançadas com a China sobre a troca do dólar americano pelo yuan chinês em transações de petróleo, revela um relatório. Como noticiou nesta terça-feira o jornal americano Wall Street Journal (WSJ), o reino árabe está negociando com Pequim para fixar o preço de algumas de suas vendas de petróleo à China em yuan, medida que, se adotada, será um retrocesso para o dominância do dólar americano no mercado mundial de petróleo, observa o jornal.

A China, principal importador mundial de petróleo bruto, compra mais de 25% do petróleo exportado pela Arábia Saudita, portanto, se pagasse suas transações em yuan, o valor de sua moeda nacional seria impulsionado globalmente, o processo também beneficiará a Riad, que está indignada com a falta de apoio desejado dos EUA a sua invasão do Iêmen, aponta o jornal norte-americano.

De acordo com uma fonte, tais negociações sobre contratos petrolíferos são realizadas de forma irregular há seis anos, mas têm sido aceleradas ultimamente pela crescente insatisfação da monarquia árabe com os parceiros norte-americanos. 

A notícia chega quando o preço do petróleo ultrapassou os US$ 100 (dólares) pela primeira vez em mais de sete anos, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Anteriormente, o governo russo informou a redução do uso do dólar em suas reservas nacionais e transações externas como medida contra as sanções ocidentais. Da mesma forma, outros estados reagiram às sanções ocidentais à Rússia em meio às crescentes tensões com a Ucrânia, tentando encontrar uma alternativa ao dólar americano.

A ideia de desdolarizar o comércio bilateral entre Moscou e seus aliados tem recebido grande atenção desde 2014, depois que os Estados Unidos sancionaram a Rússia por reintegrar a Crimeia ao seu território. Com o passar dos anos, a medida ganhou mais força, devido à  prática de Washington de impor embargos para punir os países em desenvolvimento  que buscam a independência.

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