Governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal lidera a equipe que terá destaque como convidada em painéis e reuniões sobre soluções para o clima e bioeconomia
Com protagonismo mundial, especialmente pela candidatura de Belém para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, o Estado do Pará estará presente, a partir desta terça-feira (17), na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, tendo à frente o governador Helder Barbalho, que também preside o Consórcio de Governadores da Amazônia Legal e é convidado pela segunda vez para participar do evento. O tema desta edição, realizada entre 16 e 20 de janeiro em Davos, na Suíça, é “Colaborando em um mundo fragmentado”.
O Fórum é reconhecido como a principal agenda econômica internacional por reunir diversos líderes mundiais. São esperados mais de 50 chefes de Estado e 200 ministros de bancos centrais, entre quase 2,7 mil participantes.
O espaço é voltado para interação, intercâmbio e mapeamento de oportunidades de negócios, dando aos líderes as ferramentas necessárias para lidar com a complexidade do cenário mundial e construir um futuro melhor, que sofre as consequências principalmente de problemas climáticos e conflitos armados.
“É o segundo ano consecutivo que posso ir como governador do Pará, com muito orgulho, e agora também como presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal para poder falar da Amazônia e, acima de tudo, fazer a convocação para que cada vez mais possamos discutir a bioeconomia, a biodiversidade, um modelo de desenvolvimento sustentável e social para nossa região. E aqui, onde os maiores líderes da economia do planeta se reúnem e debatem estratégias para o presente e o futuro, nada melhor do que falar da nossa região e construir soluções que possam compatibilizar o meio ambiente e a nossa Amazônia com o desenvolvimento da economia global, e particularmente o desenvolvimento social com emprego e renda”, declarou Helder Barbalho já na Suíça, em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (16).
Representando o governo federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vão discutir com a comunidade internacional temas relacionados às pautas econômicas e às agendas de sustentabilidade e descarbonização da economia. O objetivo é mostrar que a pauta econômica deve andar lado a lado com a sustentabilidade.
As discussões vão girar em torno de três eixos: Diálogos para forjar entendimento e alinhamento e troca de insights; Reuniões de comunidades de propósito para impulsionar ações tangíveis sobre questões globais importantes, e Oportunidades de previsão e descoberta para escalar inovações críticas da sociedade.
Clima e bioeconomia – No Fórum, o Pará ocupará lugar de destaque em duas agendas oficiais: “Aquecimento extremo e resiliência” e “Caminhos para entregar uma bioeconomia sustentável na Amazônia”. Também participará de aproximadamente 20 agendas bilaterais.
As altas temperaturas registradas no planeta acendem o alerta para a necessidade de ação de longo e curto prazo, especialmente. O painel pretende provocar discussão sobre como o setor de serviços financeiros pode mobilizar capital institucional e privado para promover estratégias de resiliência ao calor extremo e financiar esforços vitais de mitigação. A convocação de investidores, seguradoras e formuladores de políticas servirá como trampolim para soluções inovadoras e novos modelos, em preparação aos impactos de longo prazo decorrentes do aumento das temperaturas.
Já o painel de bioeconomia discutirá a transição para uma floresta viva e bioeconomia sustentável na Bacia Amazônica. Os participantes debaterão possíveis caminhos de financiamentos, incluindo mecanismos de eliminação de riscos, e como abordagens bem-sucedidas podem ser usadas na Amazônia para agregar benefícios para pessoas e o planeta.
Oportunidades – Na COP 27, realizada em 2022 na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito, o Pará lançou o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio Pará), se tornando um dos primeiros governos subnacionais da América Latina a construir um documento sobre o tema.
“Nossa expectativa em relação ao Fórum Econômico Mundial é a melhor possível, já que esse ano o governo irá em outra posição. Teremos espaço de fala em eventos maiores no Fórum, e tratando do combate ao desmatamento e da estratégia de bioeconomia. Mas tratando de uma forma diferente, pois o momento não é mais de apresentar, e sim de oferecer oportunidades de investimentos e negócios”, anunciou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.