Governo ucraniano pede à população para não entrar em pânico sobre ameaça nuclear

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Aviso de Zelensky colocou muitos ucranianos em alerta e disparou os pedidos por iodo em muitas farmácias

Governo de Kiev pediu aos ucranianos para que não entrem em pânico ou armazenem comprimidos de iodo depois de o presidente Volodymyr Zelensky ter alegado que a Rússia planeava organizar uma libertação de radiação na central nuclear de Zaporijia.

Zelensky disse esta semana que as forças russas que controlam Zaporijia, a maior central nuclear da Europa, planeja um “ataque terrorista” através da liberação de radiação.

O Kremlin disse que se tratava de uma “mentira”, mas o aviso do presidente colocou muitos ucranianos em alerta e disparou os pedidos por iodo em muitas farmácias.

“Leia e compartilhe, mas não entre em pânico! Não faça o jogo do inimigo. O presidente Zelensky não disse nada de novo”, disse o Ministério da Saúde ucraniano na quinta-feira.

“A Rússia é um país terrorista do qual, como um macaco com uma granada, você pode esperar qualquer coisa”, acrescentou.

Noutra declaração, já nesta sexta-feira, o ministério alertou contra os efeitos adversos da administração incorreta de iodo, acrescentando que pode até ser fatal.

O ministro do Interior, Igor Klymenko, disse que as autoridades estão a monitorizar a situação. “Os especialistas estão prontos para vários cenários”, escreveu nas redes sociais.

Um incidente na central nuclear de Zaporijia poderia liberar iodo radioativo na atmosfera e, por sua vez, aumentar o risco de câncer da tireoide, como aconteceu após o desastre de Chernobyl em 1986.

Os comprimidos podem ajudar a evitar que o iodo radioativo se concentre na glândula tireoide, para que possa ser eliminado do corpo naturalmente.

“Cansado de ter medo”

Não houve sinais de pânico nas compras nas farmácias de Kiev nesta sexta-feira, mas os pedidos de comprimidos de iodo dispararam. “Não há pânico, mas todos são cautelosos”, disse à AFP Maria Dudar, funcionária de uma farmácia, de 21 anos

Kyrylo Zalunin, morador de Kiev, de 37 anos, disse que viu as recomendações do ministério da saúde, mas não correu para comprar iodo. “Se formos nos preocupar com todas essas declarações, vamos enlouquecer”, frisou.

Outra moradora da capital, Oksana Zavgorodnia, disse não ter medo. “Estamos cansados de ter medo. Esperamos o melhor”, disse a mulher de 52 anos, enquanto ela e o marido saíam de uma farmácia. Os receios sobre a central nuclear têm persistido durante a invasão russa e aumentaram desde a destruição de uma represa que fornecia água para resfriamento da central.

O líder nuclear da ONU, Rafael Grossi, encontrou-se com o líder da agência nuclear russa Rosatom na sexta-feira no enclave europeu russo de Kaliningrado, mas não houve avanços anunciados nas discussões.

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