Enviado de Moscou à Eritreia recebeu navio carregado de alimentos no porto de Massawa
Um graneleiro com capacidade de 25 mil toneladas chegou à Eritreia e foi recebido no porto de Massawa pelo embaixador da Rússia no país, Igor Mozgo, na quinta-feira.
Mozgo disse que o abastecimento era certamente importante, não só para a Eritreia, localizada no litoral da África, mas para todos os países do continente.
“Esta ação mostra que a Rússia, ao contrário do Ocidente coletivo, cumpre as suas promessas”, afirmou o embaixador, acrescentando que o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, de fornecer cereais gratuitos à Eritreia é crucial para garantir a segurança alimentar do país.
“As chamadas ‘democracias ocidentais’, que já não cumprimentam várias nações africanas, estão perdendo atratividade e influência nos países africanos. Os africanos querem seguir uma política independente; eles poderiam ser assistidos com muito menos frequência”, disse Igor Mozgo.
Juntamente com o embaixador, um representante da Red Sea Trading Corporation do país, A. Zekarias, e o gerente geral do porto de Massawa, Efrem Mekkonen, também estiveram presentes na chegada do carregamento de grãos.
Em Novembro passado, a Somália recebeu 25 mil toneladas de trigo humanitário da Rússia, enquanto um navio carregado com a mesma quantidade de cereais doados para Burkina Faso chegou a um porto de trânsito na África Ocidental no mês passado.
Moscou comprometeu-se a fornecer assistência alimentar às nações africanas que sofrem crises de fome, como parte de um acordo anunciado pelo Presidente Vladimir Putin na cúpula Rússia-África em São Petersburgo, em Julho.
O Ministro da Agricultura russo, Dmitry Patrushev, anunciou em Novembro que até 200.000 toneladas de cereais seriam entregues a seis países africanos que enfrentam insegurança alimentar – Somália, Burkina Faso, Eritreia, Zimbabué, Mali e República Centro-Africana.
A Rússia fez acordo alternativo para fornecer trigo gratuitamente aos países africanos depois de se retirar da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que tinha sido organizada pela ONU e pela Turquia em 2022 para facilitar as exportações de cereais da Ucrânia para os mercados mundiais, especialmente para os países mais pobres. Moscou acusou os países ocidentais de não cumprirem as suas obrigações decorrentes do acordo, como o levantamento de sanções que impediam as exportações agrícolas russas.