Gravidez em risco

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Estudos ainda apontaram para a possibilidade da placenta das grávidas infectadas apresentarem alterações e de desenvolverem uma condição chamada de pré-eclâmpsia símile

O número de mortes de gestantes e de mães de recém-nascidos (puérperas) por Covid-19 mais do que dobrou em 2021 em relação à média semanal de 2020, apontam dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19. Segundo o levantamento, no ano passado foram registradas 453 mortes. Em 2021, até a primeira semana de abril, foram 289 mortes. Para explicar os riscos de uma gravidez durante a pandemia, O Planeta Azul entrevistou o ginecologista e professor Thomaz Gollop. Confira.

Na medida em que o tempo passa, mais pesquisadores se dedicam a investigar os efeitos do novo coronavírus, o que faz com que os achados se aprofundem – e às vezes até façam cair por terra as conclusões anteriores. No comecinho da pandemia, por exemplo, as gestantes não eram consideradas grupo de risco para a Covid-19, mas isso mudou quando entidades médicas e especialistas constataram que a chance dessas mulheres evoluírem para quadros mais graves era maior.

Estudos ainda apontaram para a possibilidade da placenta das grávidas infectadas apresentarem alterações e de desenvolverem uma condição chamada de pré-eclâmpsia símile. Em casos muito raros, foi identificada uma relação da doença com um quadro clínico que recebe o nome de CIVD, mas a transmissão do vírus para o bebê que está na barriga da mãe permanece uma incógnita.

Em abril, o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, pediu que as mulheres adiem a gravidez até haver uma melhora da pandemia, se for possível.

“É óbvio que a gente não pode falar isso para alguém que tem 42, 43 anos, mas para uma mulher jovem, que pode escolher um pouco ali o seu momento de gravidez, o mais indicado agora é você esperar um pouquinho até a situação ficar um pouco mais calma”, disse o secretário.

Parente justificou o pedido afirmando que a gravidez é, por definição, uma condição que favorece as tromboses – a formação de coágulos no sangue. A Covid-19 também favorece a ocorrência de tromboses, o que pode tornar a doença ainda mais perigosa na gravidez.

Além disso, portaria do Ministério da Saúde recomenda que mulheres grávidas que tenham doenças prévias (comorbidades) recebam a vacinação contra a Covid-19. A indicação é uma mudança em relação a diretrizes anteriores da pasta.

O Planeta Azul

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