Guaidó mente na Colômbia, é repreendido por Petro, e embarca para os Estados Unidos

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O ex-deputado golpista venezuelano Juan Guaidó fugiu para os Estados Unidos após o governo colombiano não aceitar sua presença na cúpula internacional em Bogotá.

A diplomacia colombiana, em mensagem divulgada em sua conta no Twitter, confirmou nesta terça-feira que agentes colombianos da Migração transferiram Guaidó ao aeroporto El Dorado, em Bogotá, para “verificar sua saída” para os Estados Unidos.

“À tarde, a Migração Colômbia levou o senhor Juan Guaidó [político da oposição venezuelana], cidadão venezuelano que se encontrava em Bogotá irregularmente, ao aeroporto El Dorado com a intenção de verificar sua saída em uma linha aérea comercial para os Estados Unidos, durante o noite”, frisou.

O texto especifica que o governo colombiano não lhe forneceu um avião para viajar aos Estados Unidos e que ele mesmo “havia adquirido” a passagem de uma companhia aérea comercial.

O político golpista venezuelano, por sua vez, gravou um vídeo de dentro do avião comercial e, ao afirmar que “o estão expulsando da Colômbia”, reconhece que as autoridades colombianas “foram muito respeitosas”, mas expressou o desejo que a Colômbia responda por isso.

Guaidó alegou que, devido às supostas “ameaças” do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, foi forçado a embarcar neste voo. Em breves declarações a jornalistas já no aeroporto de Miami (EUA), ele indicou que dará mais detalhes a esse respeito posteriormente.

Guaidó chegou “a pé” à Colômbia para se reunir com representantes internacionais durante a cúpula organizada por Bogotá com a participação de delegações de 20 países, a fim de promover o diálogo entre o governo venezuelano e a oposição política. No entanto, o Itamaraty garantiu que Guaidó não foi convidado para participar da cúpula.

Horas depois, o presidente colombiano, Gustavo Petro, negou que Guaidó tenha sido expulso de Bogotá, assegurando que “é melhor que a mentira não contamine a política”.

“O senhor Guaidó tinha um acordo para viajar aos Estados Unidos. Permitimos por razões humanitárias, apesar da sua entrada ilegal no país”, escreveu o presidente colombiano no Twitter.

Por sua vez, a Venezuela sustenta que o “autoproclamado” presidente da Venezuela fugiu do país como “covarde” depois que seus colegas retiraram apoio à sua candidatura às eleições.

“A verdade é que o que aconteceu é que o seu próprio partido (Vontade Popular) lhe tirou a candidatura e nesta situação, sem qualquer tipo de apoio, nem sequer do seu partido, teve de arranjar maneira de fugir”, revelou no Segunda-feira, o número dois do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello.

Com o apoio dos Estados Unidos e de seus aliados europeus, em 2019 o então líder da oposição e deputado golpista Juan Guaidó se proclamou o “presidente interino” da Venezuela, mas seu papel de usurpador não demorou muito, depois que Washington o trocou por petróleo com o governo do legítimo presidente do país, Nicolás Maduro.

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