Guerra na Ucrânia terminará em março

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Putin afirma que conflito na Ucrânia pode acabar em dois meses sem apoio ocidental. Será que o corte de recursos é a chave para a paz?

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta terça-feira que o conflito na Ucrânia pode chegar ao fim em um prazo de um mês e meio a dois meses caso Kiev seja privada do apoio financeiro e militar que recebe de seus aliados ocidentais. Em entrevista ao repórter Pavel Zarubin, Putin afirmou que a Ucrânia não tem condições de se sustentar sem o auxílio externo, sugerindo que o corte de recursos seria decisivo para o desfecho da guerra.

Putin: “Ucrânia não sobrevive sem apoio financeiro e militar do Ocidente”

Durante a entrevista, Putin foi questionado sobre a possibilidade de um acordo negociado para encerrar o conflito, que já dura mais de dois anos. O líder russo foi enfático ao afirmar que a Ucrânia depende integralmente do apoio ocidental para continuar resistindo.

“Eles não podem existir sem seus patrocinadores ocidentais. Eles não durarão um mês se o dinheiro e a munição acabarem”, disse Putin. “Tudo pode acabar em um mês e meio a dois meses. A Ucrânia praticamente não tem soberania, nesse sentido”, completou.

Presidente russo propõe fim negociado, mas condiciona diálogo a mudanças em Kiev

Putin também sugeriu que um acordo de paz seria possível se a Ucrânia demonstrasse disposição para negociar. Ele citou como primeiro passo a revogação do decreto que proíbe Kiev de dialogar com a Rússia. Além disso, o presidente russo questionou a legitimidade do governo de Volodymyr Zelensky, argumentando que seu mandato presidencial expirou na primavera passada.

“Se os apoiadores ocidentais de Kiev realmente querem a paz, isso é muito fácil de fazer”, afirmou Putin, acrescentando que Moscou já deixou claras suas condições para um acordo.

EUA e aliados já enviaram mais de US$ 200 bilhões em ajuda à Ucrânia

Desde o início do conflito, os Estados Unidos e seus aliados canalizaram mais de US$ 200 bilhões em ajuda à Ucrânia. O pacote inclui armas, equipamentos militares, munições e assistência financeira para cobrir salários de funcionários públicos e pagamento de pensões.

O Kremlin tem criticado fortemente esse apoio, acusando o Ocidente de se tornar “de fato uma parte do conflito”. No entanto, tanto Washington quanto Bruxelas negam oficialmente qualquer participação direta na guerra, afirmando que a ajuda tem caráter humanitário e de defesa.

Zelensky e legitimidade: o debate que complica negociações de paz

A questão da legitimidade do governo ucraniano tem sido um ponto de atrito nas tentativas de negociação. Putin argumenta que, sem a revogação do decreto que proíbe negociações com a Rússia e diante da suposta expiração do mandato de Zelensky, qualquer diálogo seria inviável.

Enquanto isso, Zelensky e seus aliados ocidentais insistem que a Ucrânia está agindo em legítima defesa contra uma invasão russa e que qualquer acordo de paz deve respeitar a soberania e integridade territorial do país.

As declarações de Putin destacam a dependência da Ucrânia em relação ao apoio ocidental e sugerem que o corte de recursos poderia acelerar o fim do conflito. No entanto, as condições impostas por Moscou, como a revogação do decreto que proíbe negociações e a questão da legitimidade de Zelensky, mostram que o caminho para a paz ainda está repleto de obstáculos. Enquanto isso, o Ocidente continua a fornecer ajuda a Kiev, mantendo a Ucrânia em pé de guerra e prolongando um conflito que já causou impactos globais significativos.

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