Irã, Rússia e China realizam manobras militares na América Latina

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Os exercícios militares conjuntos, denominados “Sniper Frontier”, são um claro da formação de uma coalizão contra os Estados Unidos na América do Sul

Irã, Rússia e China estão se preparando para realizar uma série de exercícios militares trilaterais na América Latina, em uma demonstração de força contra os Estados Unidos.

A Venezuela está pronta para sediar exercícios militares em meados de agosto. Irã, Rússia e China, juntamente com outras dez nações, pretendem enviar suas Forças Armadas ao Hemisfério Ocidental para participar desses exercícios, informou o portal conservador norte-americano na terça-feira. Washington Free Beacon, citando um relatório do Center for a Secure Free Society.

Segundo o portal norte-americano, os exercícios militares conjuntos, denominados “Sniper Frontier”, são o sinal mais claro até hoje da formação de uma coalizão contra os Estados Unidos na América do Sul, mesmo com a Rússia envolvida no conflito na Ucrânia.

A mídia relembra a última viagem diplomática do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pela região da Ásia Ocidental, na qual assinou um acordo estratégico de 20 anos com o Irã, enfatizando que este acordo pretende refletir pactos estratégicos semelhantes que a República Islâmica assinou com a China e a Rússia nos últimos anos.

“A Rússia e seus aliados Irã e China estão prestes a fazer uma grande demonstração de força“, disse o analista de segurança nacional Joseph Humire ao Washington Free Beacon, que também previu o aumento dos movimentos militares e a presença de adversários dos Estados Unidos no conflito da Ucrânia, após os exercícios militares na América Latina e Caribe.

À medida que Irã e Venezuela aumentam suas relações militares e econômicas, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, aliado da Venezuela, renovou em junho passado um pacto militar com a Rússia que autoriza tropas, aviões e navios russos a patrulhar as fronteiras do país centro-americano e realizar exercícios militares conjuntos.

O acordo militar foi assinado enquanto a Rússia realiza uma operação militar na Ucrânia, sinalizando que a presença na América Latina continua sendo uma prioridade para Moscou, mesmo que enfrente desafios em suas próprias fronteiras.

A China também tem atuado na região, embora esses esforços tenham recebido pouca atenção da mídia. Por sua vez, o chanceler chinês Wang Yi assinou vários acordos econômicos na América Latina no mês passado, fazendo ligações para Uruguai, Nicarágua e Equador.

Além disso, a Argentina formalizou em abril sua incorporação à iniciativa chinesa da Rota da Seda (em inglês: Belt and Road Initiative, BRI), programa que envolve iniciativas de desenvolvimento e investimento em mais de 100 países e busca aumentar a presença e a participação global do Gigante Asiático.

Não faz muito tempo que Irã, Rússia e China realizaram um exercício de três dias apelidado de ‘Cinturão de Segurança Marinha 2022’ no norte do Oceano Índico, envolvendo 11 navios da Marinha iraniana, três navios russos, incluindo um destróier, e dois navios chineses. Nesse caso, vários especialistas consideraram a condução desses exercícios navais como uma forte mensagem para os Estados Unidos.

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