O protesto faz parte de uma manifestação contra a Coroa britânica
Cidadãos irlandeses expressaram sua indignação jogando um caixão em um rio em Dublin, capital da Irlanda, durante o funeral da rainha britânica Elizabeth II.
Na segunda-feira, enquanto ocorria o funeral e enterro da falecida rainha Elizabeth II em Londres, manifestantes anti-imperialistas jogaram um caixão com a inscrição “RIP Império Britânico” no rio Liffey, no centro de Dublin.
A manifestação foi convocada para protestar “contra o culto humilhante da monarquia inglesa pela classe dominante do Estado Livre” da Irlanda. Conforme relatado pela The Press Association, os manifestantes também criticaram as autoridades que foi hastearam a bandeira irlandesa a meio mastro durante a cerimônia fúnebre.
O protesto faz parte de uma manifestação contra a Coroa britânica convocada por Anti-Imperialist Action Ireland e procurou repetir um ato semelhante ocorrido em 1897, quando o líder nacionalista irlandês de esquerda James Connolly, promoveu protesto semelhante por ocasião da visita da rainha Vitoria.
This afternoon, Anti Imperialist Action organised a protest march starting at the James Connolly Statue at Beresford Place and marching around to the GPO, against the grovelling worship of the English Monarchy by the Free State ruling class. pic.twitter.com/8dDNJuUA2w
— Anti Imperialist Action Ireland (@AIAIreland) September 19, 2022
Desde a morte de Elizabeth II em 8 de setembro aos 96 anos, vozes se ergueram defendendo a independência na Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales. E alguns países da Commonwealth (British Commonwealth of Nations), que tinham Elizabeth II como monarca, manifestaram sua intenção de avançar em seus planos de se tornarem repúblicas.
Com efeito, ouvem-se vozes a apelar ao fim da monarquia britânica, tanto do interior do território insular europeu – que engloba a Grã-Bretanha, o nordeste da ilha da Irlanda e pequenas ilhas adjacentes – como de fora dessa geografia, como é o caso da Austrália ou dos países do Caribe.
Agora, a monarquia colonial que domina a maior comunidade do mundo, com uma população de mais de 412 milhões de pessoas, no Reino Unido e em outros 14 países da Commonwealth, corre sério risco de entrar em colapso.
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