Com essa queda, o Nikkei zerou os ganhos acumulados em 2024
As bolsas asiáticas iniciaram a semana em forte queda nesta segunda-feira (5), refletindo as preocupações com a saúde da economia dos Estados Unidos após a divulgação de dados decepcionantes do mercado de trabalho americano. Os investidores temem que os resultados negativos possam sinalizar uma recessão iminente na maior economia do mundo, relata o Infomoney.
Liderando as perdas na região, o índice japonês Nikkei desabou 12,4% em Tóquio, fechando a 31.458,42 pontos. Este foi o maior tombo diário do índice desde a “Black Monday” em outubro de 1987. Com essa queda, o Nikkei apagou todos os ganhos acumulados em 2024 e entrou em território baixista, com uma desvalorização total de 25% desde sua máxima histórica alcançada em julho.
Outros mercados asiáticos também sentiram o impacto. O índice sul-coreano Kospi recuou 8,77% em Seul, terminando o pregão a 2.441,55 pontos, enquanto o Taiex, de Taiwan, caiu 8,35%, fechando a 19.830,88 pontos.
Na sexta-feira anterior, os dados do relatório de emprego dos EUA, conhecido como payroll, foram divulgados abaixo das expectativas, intensificando os temores de uma recessão. Essa preocupação levou as bolsas de Nova York a sofrer quedas acentuadas pelo segundo dia consecutivo, cenário que se refletiu nos mercados asiáticos.
Apesar das perdas generalizadas, os mercados da China continental e de Hong Kong tiveram quedas menos pronunciadas. Dados mostraram que o setor de serviços chinês se expandiu em ritmo mais forte em julho, o que ajudou a mitigar os impactos negativos. O índice Xangai Composto caiu 1,54%, fechando a 2.860,70 pontos, enquanto o Shenzhen Composto recuou 2,08%, para 1.548,83 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve uma baixa de 1,46%, terminando o dia a 16.698,36 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana também sentiu os efeitos das preocupações globais. O índice S&P/ASX 200 caiu 3,70% em Sydney, registrando sua maior queda diária desde maio de 2020, e fechou a 7.649,60 pontos.
A divulgação dos dados do mercado de trabalho nos EUA trouxe um clima de incerteza para os investidores, que agora monitoram de perto os próximos movimentos econômicos e suas possíveis repercussões nos mercados globais.