Lições da Ucrânia: Finlândia desiste de se juntar à fragilizada OTAN

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A decisão representa uma derrota aos Estados Unidos e expõe a fragilidade da geopolítica do Império

O presidente finlandês Sauli Niinistö disse que qualquer tentativa de se juntar à fragilizada Otan seria um “grande risco” para a segurança da Europa. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, Niinistö afirmou neste domingo, que solicitar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acarretaria um “grande risco” na escalada na Europa, uma posição que parece claramente ser o efeito dos acontecimentos na Ucrânia.

O presidente finlandês indicou que a adesão à OTAN pode implicar o fim das preocupações do país, no entanto, a medida tem o maior risco de aumentar a tensão na situação de segurança na Europa, admitiu.

Com tudo isso, ele não descartou uma maior aproximação com a coalizão militar “fora da aliança”. Além disso, delineou a possibilidade de aprofundar sua cooperação com os Estados Unidos e a Suécia em matéria de defesa.

“O ponto de partida é que estamos buscando algo mais do que continuar expostos. Todas estas opções visam melhorar a nossa segurança” , sublinhou Niinistö, salientando que a Finlândia deve assegurar que a sua estabilidade e segurança sejam mantidas ao mesmo tempo.

A Finlândia aprendeu com o exemplo da Ucrânia?

As declarações do presidente finlandês ocorrem enquanto, anteriormente, Helsinque não descartava a possibilidade de ingressar como novo membro da OTAN  em um futuro próximo.

A este respeito, a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse no início de janeiro que seu país mantém a opção de se candidatar à adesão à OTAN. Sua declaração na época foi interpretada como uma provocação à Rússia que  havia alertado a Aliança Atlântica  sobre sua expansão em direção às fronteiras russas.

A Rússia já avisou repetidamente que uma eventual adesão de países como Ucrânia, Finlândia e Suécia à OTAN terá consequências militares e políticas “graves” que Moscou não deixará sem resposta, foi pelo mesmo motivo e após a recusa da Aliança Atlântica ignorar garantias à segurança russa, que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu lançar uma operação militar especial na Ucrânia.

Além disso, após o lançamento de sua operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, Moscou disse que a adesão da Finlândia ou da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte provocaria uma resposta russa e teria sérias repercussões político-militares.

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