Líderes coreanos trocam cartas e defendem melhoria de laços

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A aproximação entre as duas Coreias esfriou desde o fracasso das negociações entre Pyongyang e os EUA

O presidente sul-coreano Moon Jae-in e o líder norte-coreano Kim Jong-un trocam cartas para melhorar o diálogo transfronteiriço e fortalecer seus laços.

Por ocasião do fim do mandato do presidente sul-coreano – que deixará o cargo em 10 de maio – os dois líderes trocaram cartas nas quais enfatizaram a necessidade de estreitar o relacionamento, conforme noticiou esta sexta-feira a Agência Central de Notícias da Coreia ( KCNA ).

Moon entregou sua mensagem na quarta-feira, insistindo que “a era do confronto deve ser superada por meio do diálogo “. 

A este respeito, sublinhou que, juntamente com Kim, deu um passo “que mudaria o destino da península coreana”, segundo os meios de comunicação.

O presidente também lamentou que a reaproximação não tenha chegado ao ponto que ele “desejava”. Por esse motivo, ele pediu ao líder norte-coreano que faça esforços para retomar as negociações com os EUA e também estabelecer um diálogo com o próximo governo de Yoon Suk-yeol.

Kim respondeu com outra carta na qual agradeceu ao presidente sul-coreano por seus esforços de diálogo e garantiu que os dois alcançaram “conquistas indeléveis” para ambos os países.

“Embora ainda haja muito a desejar, ainda acredito que se o Sul e o Norte trouxerem sinceridade aos esforços de base feitos até agora, as relações intercoreanas podem avançar tanto quanto se queira”, dizia a carta de Kim.

Em abril de 2018,  Moon se encontrou com o líder norte-coreano  em Panmunjom, onde eles aprovaram uma declaração conjunta na qual as duas Coreias anunciaram sua prontidão para alcançar a desnuclearização completa da Península Coreana e melhorar as relações bilaterais.

A aproximação entre as duas Coreias esfriou desde o fracasso das negociações entre Pyongyang e os EUA. De fato, o governo norte-coreano denunciou repetidamente que seus programas nuclear e de mísseis se devem aos atos beligerantes e provocativos de Seul e Washington na região, realizando exercícios conjuntos.

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