Lula lidera corrida presidencial e poderia vencer no 1º turno, diz pesquisa Ipec

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Na outra ponta, Bolsonaro vê rejeição aumentar e a maioria absoluta dos eleitores considera o governo ruim ou péssimo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece mais de 20 pontos porcentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em pesquisa sobre as eleições presidenciais realizada pelo instituto Ipec e divulgada nessa  quarta-feira (22). Nas duas simulações pesquisadas, Lula supera todos os outros virtuais candidatos a presidente da República somados, o que o levaria a vencer no primeiro turno se o pleito fosse hoje, segundo o levantamento divulgado pela TV Globo.

No primeiro cenário, Lula tem 48% ante 23% de Bolsonaro. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%, à frente do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem 3% e está empatado com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) também com 3%. Votos em branco e nulos somam 10% e não sabem ou não responderam, 4%.

No segundo cenário, Lula tem 45% e Bolsonaro 22%. Nesta sondagem Ciro aparece com 6%, um ponto porcentual à frente do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro (sem partido), que tem 5%. O jornalista José Luiz Datena (PSL) vem em seguida, com 3%, e Doria aparece com 2%. Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estão empatados com 1%. Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS) não pontuaram. Votos em branco e nulos somam 9% e não sabem ou não responderam 5% dos entrevistados. Neste cenário, Lula aparece no limite da margem de erro para vencer em primeiro turno se as eleições fossem hoje.

A pesquisa do Ipec foi realizada de 16 a 20 de setembro e ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais e para menos. O nível de confiança é de 95%.

Reprovação ao governo Bolsonaro vai a 53%

A maioria absoluta dos eleitores considera o governo Jair Bolsonaro ruim ou péssimo, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira, 22. É a primeira vez que isso acontece na sequência de três levantamentos que o instituto fez desde o início do ano.

Além da avaliação negativa, a pesquisa trouxe outra notícia ruim para o presidente: se ele disputasse hoje o Palácio do Planalto, teria menos da metade dos votos de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, que venceria no primeiro turno.

Nada menos que 42% dos brasileiros em idade de votar acham que o governo é péssimo. Para outros 11%, é ruim. A soma das avaliações negativas chega a 53%, quatro pontos percentuais acima do registrado em junho, quando foi feita a pesquisa anterior do Ipec. Desde fevereiro, esse aumento foi de 14 pontos.

Os eleitores que consideram a gestão federal boa ou ótima são apenas 22% – menor patamar registrado no ano. Em sete meses, a soma das avaliações positivas caiu seis pontos porcentuais. O contingente que considera a gestão regular é de 23%.

Além de avaliar o governo como um todo, o Ipec também perguntou aos entrevistados como veem o desempenho pessoal do presidente no comando do país. Nesse caso, as opiniões negativas são ainda mais dominantes: 68% afirmaram que desaprovam Bolsonaro, e 28%, que aprovam.

O presidente também é visto com desconfiança por sete em cada dez brasileiros. Nada menos que 69% disseram não confiar no presidente. Outros 28% afirmaram confiar nele.

O Ipec, sigla de Inteligência em Pesquisa e Consultoria, é comandado pela estatística Márcia Cavallari, que até o ano passado era responsável pelas pesquisas do Ibope. A metodologia é a mesma do antigo instituto.

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