Maior trader de Bitcoin do mundo dispara contra ‘shitcoins’, DeFi, NFTs e diz que só o BTC é descentralizado

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Tone Vays esteve no Brasil, onde participou do 3º Cryptominds, e não poupou declarações polêmicas.

Considerado por muitos o maior trader de Bitcoin (BTC) do mundo, o ex-executivo do JPMorgan, Tone Vays, não demonstrou arrependimento por ter abandonado um dos maiores bancos do planeta para se tornar negociador da maior criptomoeda do mercado. Mas a passagem do investidor pelo Brasil, durante do 3º Cryptominds, evento que aconteceu em São Paulo no último final de semana, também deverá ser lembrada por discursos polêmicos a favor do BTC e em detrimento de outros setores do mercado de criptomoedas.

Para se ter uma ideia da confiança de longo prazo em relação à principal criptomoeda do mercado, Vays não escondeu que pouco utiliza seus Bitcoins para trading. Isso porque o ex-executivo se concentra em ‘educar’ as pessoas em relação à criptomoeda enquanto sua carteira digital aguarda uma possível aposentadoria farta em um futuro localizado daqui a 20 ou 30 anos.

Não por acaso, o influenciador já contabiliza 120 mil inscritos em seu canal no YouTube após deixar de transitar de terno e gravata pelos corredores do JPMorgan para começar uma escalada nas redes sociais.

Mas o entusiasmo de Vays com o BTC também pode ser enxergado pelas farpas de seu discurso quando ele fala de outros setores do mercado de criptomoedas, como o de finanças descentralizadas (DeFi), e dos tokens não fungíveis (NFTs) que, para ele, são formas de esquema Ponzi (pirâmide financeira). Qualificação que pode ser considerada um elogio se comparada à forma com o que o trader se refere às altcoins: “shitcoins” (moedas de m…).

Em entevista à Exame, Tone Vays reforçou sua tese de que somente o Bitcoin é, de fato, descentralizado ao argumentar que:

“DeFi significa finanças descentralizadas, mas não é realmente descentralizado. Só o bitcoin é descentralizado. Yield Farming é só uma forma de a pessoa imprimir dinheiro e convencer outras pessoas a fazer o staking de outro token de valor como o Bitcoin e o Ether, para gerar renda no token que eles inventaram, convencendo outras pessoas a promover esse token para que outra pessoa o compre. Para mim, Yield Farming é pirâmide, e eventualmente, todos os esquemas de pirâmide desmoronam, disse.”

Ao tratar os NFTs como uma espécie de moda pós-DeFi, Tone Vays, que palestrou para mais de mil pessoas que desembolsaram entre R$ 1.200 e R$ 2.497 para assistirem sua palestra, explicou o porquê de acreditar no BTC como o único criptoativo descentralizado:

“Você não consegue criar a descentralização. Ela precisa surgir naturalmente. E ninguém acreditava no Bitcoin. Quando ele foi lançado, mais ou menos dez pessoas acreditavam nele, e esse número foi aumentando. O criador do Bitcoin [Satoshi Nakamoto] deixou o projeto bem cedo, e mesmo assim o Bitcoin cresceu sozinho. É impossível recriar isso. Os outros me consideram um maximalista do bitcoin, mas eu prefiro me considerar um minimalista de shitcoins, justificou.”

Por outro lado, o influenciador acrescentou que não é contra o trading de outras criptomoedas e sim a promoção antiética de determinados projetos.

Apesar da retórica de Tone Vays, a descentralização se desenha como um caminho sem volta em setores como a Web3, por exemplo. Tanto que o mercado de criptomoedas testemunhou nos últimos dias um aumento de domínios .eth, da Ethereum Name Service (ENS), conforme noticiou o Cointelegraph.

Fonte: Cointelegraph

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