Maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro é corrupto

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Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
PÓS GRADUADO EM GESTÃO E DIREÇÃO ESCOLAR; ESPECIALISTA EM "POLÍTICAS DA IGUALDADE RACIAL NA ESCOLA", SABERES AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS NA AMAZÕNIA - PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA); GRADUADO CIÊNCIAS SOCIAIS COM ÊNFASE EM SOCIOLOGIA - UFPA; ATUA COMO PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA REDE PÚBLICA E COMO PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR E CURSOS PRÉ-VESTIBULARES.
Desconfiança da população é ainda maior com integrantes do governo

A maioria dos brasileiros acredita que Jair Bolsonaro está envolvido em corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19. Conforme pesquisa da consultoria Atlas Político divulgada nesta segunda-feira (2), 54,3% atribuem participação direta do presidente nas suspeitas de irregularidades e crimes durante a aquisição de vacinas.

Apenas 35,4% não vê envolvimento direto de Bolsonaro com corrupção e 10,3% não souberam responder. As principais suspeitas de corrupção no caso das vacinas foram reveladas pela CPI da Covid-19 no Senado Federal. A comissão apura denúncias de propina, sobrepreço, omissão, pressões irregulares, adulteração de documentos, entre outras irregularidades.

A desconfiança da população é ainda maior com integrantes do governo. Segundo a Atlas, para 61,2% há corrupção associada a aliados do presidente no Congresso e no meio empresarial. A pesquisa também questionou os entrevistados se acreditam que o presidente estaria acobertando os casos. Ao todo, 56,4% acreditam que sim.

Nesta semana, a retomada dos trabalhos da CPI da Covid-19, no Senado, deve trazer a público mais acusações contra o presidente. Três negociações de vacinas estão na mira dos senadores: Covaxin, com sobrepreço de 1.000%; 400 milhões de doses da AstraZeneca com propina de US$ 1 dólar por dose; e imunizantes da CanSino a US$ 17 a dose, com uma intermediária ligada a integrantes do governo.

A consultoria Atlas Político ouviu 2.884 eleitores, pela internet, no final de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Com informações da CartaCapital)

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