Marina Silva declara voto em Lula e PT

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‘Não me oriento pelo terreno dos rancores’, diz Marina sobre apoio a Lula 

A ex-ministra Marina Silva (Rede) sinalizou que apoiará a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República ao afirmar, nesta sexta-feira (3), que ele e o PT possuem compromisso com a democracia e reúnem as melhores condições para derrotar a extrema direita representada por Jair Bolsonaro (PL).

“Não me oriento pelo terreno dos rancores. O que existem são divergências políticas, e não subjetivas. E, por isso, posso até ter diferenças com o partido e o candidato, mas eles têm compromisso com a democracia e, no momento, são eles que reúnem as melhores condições para derrotar Bolsonaro”, disse Marina à coluna Radar, da revista Veja. 

Uma outra sinalização de um eventual apoio a Lula aconteceu no último final de semana, quando a Rede decidiu fechar apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. Apesar disso, a ex-ministra destaca que a vitória nas eleições deste ano para reconstruir o país no cenário de “pós-guerra” deixado pelo governo Bolsonaro deve representar “o conjunto de anseios da sociedade brasileira e não um candidato ou partido”. 

Ainda segundo ela, é preciso trabalhar pela construção de um governo e de um Legislativo capazes de enfrentar os ataques à democracia que deverão ser feitos pela futura oposição bolsonarista. 

“O que está vindo por aí é uma oposição orquestrada, sem limite democrático (…) Aquela oposição de engravatados do PSDB vai dar muita saudade ao PT, e aquela oposição de boina e vermelha do PT ainda vai dar muita saudade ao PSDB. E olha que quem está falando isso é alguém que viveu experiências muito dolorosas em função da violência política que viveu. Mas o que vem por aí é incomparavelmente pior”, afirmou. 

Para a ex-ministra, a urgência da defesa das agendas soma-se a outro desafio latente — a construção de um governo e de um Legislativo capazes de enfrentar os arroubos antidemocráticos alicerçados por Bolsonaro e que farão parte da futura oposição.

A antiga “polarização” entre PT e PSDB, pondera a também ex-senadora — que deve disputar uma vaga na Câmara neste ano –, vai deixar saudades no Congresso brasileiro.

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