Cerca de 70.000 checos reuniram-se este sábado na Praça Venceslau, no centro de Praga, para protestar contra a atual política da República Checa, pedindo a demissão do Governo e a neutralidade do país na guerra na Ucrânia.

Os manifestantes, convocados por partidos da oposição e reunidos sob o lema “Czekia first”, também protestaram contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e exigiram o fim das sanções impostas pela União Europeia (UE) contra a Rússia, que causou uma crise energética sem precedentes nos países europeus.

O povo se manifestou contra os altos preços da energia e pediram mais ajuda estatal para cobrir as contas de luz. Além disso, destacaram a necessidade rompimento com a UE para garantir contratos diretos com fornecedores de gás, incluindo a Rússia.

“O objetivo da nossa manifestação é exigir mudanças, principalmente para resolver o problema dos preços, principalmente da eletricidade e do gás, que vão destruir nossa economia neste outono” , disse o co-organizador do evento, Jiri Havel, ao site. Site de notícias iDNES.cz .

Além disso, os manifestantes pediram o fim da “submissão” política à União Europeia (UE), à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à ONU.

Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, o governo tcheco adotou uma posição de apoio político e militar a Kiev.

Devido às sanções impostas à Rússia, devido à operação militar desta última na Ucrânia, os países europeus enfrentam uma profunda crise energética. Os embargos, destinados a enfraquecer a economia da Rússia, explodiram, e a crise energética da Europa está alimentando a instabilidade política nos países, à medida que os altos preços da energia alimentam a inflação.

A inflação na República Tcheca também está atualmente em seu nível mais alto desde 1993, e o banco central espera que atinja um pico de cerca de 20% nos próximos meses.