Militar da Marinha atira na boca de adolescente em motel

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Vítima está internada em estado grave no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em Ananindeua, região metropolitana de Belém.

Uma adolescente de 15 anos levou um tiro na boca, na noite de quinta-feira (21), em Vigia, no nordeste do Pará. O crime ocorreu dentro de um motel, e o suspeito do disparo, um militar da Marinha, foi preso em flagrante.

No quarto do motel estavam outras duas pessoas, uma adolescente de 14 anos e outro militar, que está foragido. A s informações sobre o caso foram divulgadas pelo G1 Pará, que ouviu familiares e representantes dos envolvidos. Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer:

  1. Quantas pessoas estavam no local?
  2. Quem é o autor do disparo e o que aconteceu com ele?
  3. O que aconteceu no dia do crime?
  4. Por quais crimes os militares devem responder?
  5. Qual é o estado de saúde da jovem?

1. Quantas pessoas estavam no local

São quatro pessoas envolvidas. Dois militares da Marinha e duas adolescentes, uma de 14 e outra de 15 anos.

2. Quem é o autor do disparo e o que aconteceu com ele?

O suposto autor do disparo, Gabriel Norberto de Almeida Lobo, está preso em uma Unidade Militar. Gabriel teve a liberdade concedida através de pagamento de fiança no valor de 50 salários mínimos, o equivalente à R$ 60.600, por meio de uma medida provisória. A fiança ainda não foi paga pela família e o marinheiro segue preso. O outro é um 1º sargento, que ainda está foragido.

Segundo Ranilson Ataíde, avô da vítima que levou o tiro, os dois militares estavam na cidade para fazer um serviço no farol.

“Eles alugaram a parte de cima da casa da minha sogra, enquanto faziam esse serviço. O militar que fugiu, nós já conhecíamos. Tem até uma foto dele em um quadro na pousada da minha sogra. “Eles chegaram aqui na quarta-feira de manhã, dia 20. Nenhum dos dois tinha amizade com minha neta”, afirma Ranilson.

3. O que aconteceu no dia do crime?

Na quinta-feira (21), as duas adolescentes foram por volta das 18h para uma praça de Vigia. Segundo familiares das jovens, elas teriam pegado carona com os militares. Os dois marinheiros, acompanhados das jovens, saíram de moto em direção ao motel, nas proximidades do cemitério, no bairro Santa Rita.

Segundo um parente da vítima, que não quis se identificar, Gabriel Norberto de Almeida Lobo levou ela para o motel. Ela se recusou a tirar a roupa e o militar deu um tiro na boca da adolescente.

“Mandaram ela abrir a boca e deram um tiro. Não foi um tiro acidental, porque os lábios dela estão intactos. Meu Deus, eu só quero justiça, só isso”, relatou o parente.

Delduque Thiago, advogado do marinheiro preso, diz que Gabriel não sabia que as adolescentes eram menores de idade.

“Quando estava no motel ocorreu um disparo acidental de arma de fogo. Uma arma que não era do Gabriel. Ao que parece, ele foi manusear alguma outra coisa, em cima de um balcão, e acabou esbarrando na arma, que disparou. Pelo que eu percebi, essa arma era do outro militar”, afirma

4. Por quais crimes os militares devem responder?

Segundo um boletim de ocorrência, registrado na Polícia Civil de Vigia, o marinheiro responde por lesão corporal culposa, quando não há intenção de atentar contra a integridade ou saúde da vítima.

Já o outro militar fugiu após o crime, levando a arma consigo. Ranilson Ataíde, avô da vítima, diz que “o foragido ainda foi pegar os documentos pessoais na pousada onde estava hospedado”.

Familiares da outra adolescente, de 14 anos, que presenciou o disparo, não foram encontrados para falar sobre o assunto.

5. Qual é o estado de saúde da jovem?

Após ser baleada, a adolescente foi levada ainda na quinta-feira (21) para um hospital de Vigia. Por conta da gravidade dos ferimentos, a jovem foi encaminhada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Ela já passou por duas cirurgias e segue internada.

Maria Rosangela, a avó da adolescente, disse que o caso da neta é delicado e que ela está na UTI.

“As amizades da minha neta eram só com pessoas da idade dela. A mãe dela está muito abalada e só faz chorar. Ela só disse que quer justiça”, afirma.

Fonte: G1

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