O empreendimento ofertará 4 mil empregos na implantação e 2 mil na fase operacional
Gestores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) participaram, nesta sexta-feira (25), de uma programação em Curionópolis, município da região Sudeste, que marcou o início das operações de sondagem para retirada de amostras do solo, conduzidas pela empresa Brasil Platina Group Metals (BPGM).
O objetivo do grupo empresarial é implantar um projeto de extração e beneficiamento de metais, como platina, ródio e paládio – este predominante na região e componente essencial na construção de conversores catalíticos em motores a diesel.
Segundo a empresa, no caso da platina a implantação da mina poderá caracterizar a primeira fora de países como Rússia e África do Sul. A área de implantação do projeto, de mais de 7 mil hectares, também apresenta potencial para exploração de ouro e níquel (essencial para a produção de aço inoxidável e baterias). Os investimentos no projeto previstos para este ano são de mais de US$ 15 milhões.
Segundo o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, projetos do setor mineral são importantes para o Estado por gerarem emprego e renda para a população.
“Projetos de mineração como esse são de vital importância para essa região de Carajás e para Curionópolis, principalmente pela geração de empregos que, na fase de implantação, será de 4 mil postos, e depois, na fase operacional, chegará a 2 mil. Então, sem dúvida, o projeto será benéfico para o Pará e sua economia”, afirmou.
Luís Maurício Azevedo, presidente do Conselho de Administração e um dos fundadores da BPGM, destacou a importância da presença do governo do Estado na programação.
“O Estado estar presente aqui, neste primeiro momento, é muito importante porque mostra que o Estado consegue ver a importância e o valor de projetos como esse. O nosso projeto cria diversificação, coloca o Brasil no cenário mundial dos carros elétricos, ajuda a colocar o País no seleto grupo dos países que têm minas de paládio. Portanto, estamos buscando parcerias, ao mesmo tempo em que trabalhamos na área social e de meio ambiente. Sem dúvida, a presença do Estado aqui reforça a relevância do projeto”, informou.
Diversificação – Poliana Gualberto, diretora de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, falou sobre os benefícios que o projeto pode gerar ao Estado.
“Esse é um projeto polimineral e muito importante para o conhecimento geológico da região de Carajás, colaborando com a compreensão da geologia da região e gerando benefícios para a indústria, também. Para o Estado do Pará, o projeto é ainda mais importante porque poderá atrair outras empresas para beneficiar e fazer a verticalização aqui, considerando que nós temos um arcabouço mineral e já verticalizado com a produção de cabos de cobre e alumínio, liga metálica, ferro e níquel, por exemplo. A partir disso, abrimos um leque de oportunidade de diversificação da produção mineral para atender não só a indústria daqui, mas a de fora também”, explicou.
De acordo com a BPGM, os processos de contratação da equipe técnica estão quase completos, ao passo que a equipe continuará crescendo à medida que a empresa intensificar suas atividades de sondagem e desenvolvimento. Para isso, segundo a empresa, a contratação de mão de obra privilegiará a população local. Ao final da programação, de forma simbólica, foram plantadas mudas de castanheiras.